O fim de 2017 já chegou e as contas estão no vermelho?
Com 2018 às portas, muitos consumidores buscam alternativas de crédito mais
barato para entrar o ano no azul. Há ainda quem precise de um dinheiro extra
para complementar as despesas com Natal e Ano Novo. E qual a saída?
De
acordo com o economista da Fundação D. Cabral e do Ibmec, Gilberto Braga, o
ideal é usar o 13º salário para cobrir esse buraco e planejar as despesas. Mas,
caso o consumidor não consiga, o crédito consignado, aquele com desconto direto
no contracheque, e o penhor da Caixa Econômica Federal são as modalidades mais
em conta do mercado. No consignado para aposentados e pensionistas do INSS, por
exemplo, a taxa mais baixa é de 1,91% ao mês no banco Santander. O teto para
esse tipo de operação é de 2,08% ao mês. Para quem é servidor público as taxas
variam de 1,66% ao mês no Santander, a 1,94% na Caixa. Já o penhor da própria
Caixa tem juros de 2,1% ao mês.
Estreante
no mercado, o aplicativo desenvolvido por uma fintech, startup tecnológica do
setor financeiro, o Social Bank, oferece empréstimo sem a intermediação de
bancos e em um "touch". No Social Bank, por exemplo, o juro máximo é
de 2% ao mês.
Outras
opções, orienta Gilberto Braga, são as linhas de crédito para pessoas físicas,
nelas as taxas variam de 4,37% ao mês (Banco do Brasil) a 5,62% ao mês
(Bradesco). Em último caso, existe a possibilidade de usar o limite do cheque
especial, que vai de 12,45% ao mês (Banco do Brasil) a 14,75% ao mês
(Santander). Ou, acrescenta, pode usar o rotativo do cartão de crédito que vai
de 10,26% (BB) a 16,29% (Bradesco) ao mês.
"O
ideal é fugir de cheque especial ou cartão de crédito, eles têm taxas muito
altas e isso compromete a renda e o orçamento do consumidor", orienta
Alexandre Prado, do Núcleo Expansão.
Se
não tiver jeito, Gilberto Braga, do Ibmec dá a seguinte dica para quem tem
cheque especial: "Utilize os dias sem juros que alguns bancos dão".
"O penhor é a melhor solução de crédito por ter uma taxa mais acessível e
o cliente não precisa passar por análise de cadastro", avalia Alexandre
Prado.
Para
não entrar em roubada é importante consultar os juros cobrados pelas
instituições antes de pedir dinheiro emprestado. No site do Banco Central (https://goo.gl/fz4r8C) podem ser
encontradas todas as instituições financeiras e todas as operações de crédito
com seus respectivos juros. Para aposentados e pensionistas do INSS a
alternativa seria visualizar a tabela na página da Previdência (www.previdencia.gov.br), mas, passados
quase quatro meses da queda dos juros, os números não foram atualizados.
Outra
dica do professor da Fundação D. Cabral é planejar as despesas de final de ano
por um período que vai até o Carnaval. "Além do 13º, em dezembro as
pessoas recebem o dinheiro das férias porque muitos tiram o gozo desse período
no verão e isso faz com que o orçamento da família tenha que ser planejado até
o Carnaval, e isso inclui os festejos de Natal, Réveillon, férias escolares e
as despesas de início de ano", orienta.
Banco
por aplicativo e sem agência física oferece taxa de até 2%
Aplicativo
que pode ser baixado no smartphone ou tablet tem como ajudar quem precisa de
dinheiro a conseguir empréstimos a juros baixos sem recorrer a bancos. Chamado
Social Bank, ele foi criado para ser uma espécie de "Uber do
dinheiro".Com versões para Android e iPhone, o aplicativo (app) permite
abrir uma conta em poucos minutos. O cadastro envolve informações como CPF, RG
ou CNH (foto exigida), fotografia (tirada durante o cadastro) e nome da mãe.
Como recurso de segurança, a qualquer momento, o app pode pedir uma nova foto
do seu rosto para garantir sua identidade. A função de empréstimo é encontrada
na seção chamada Social Cash do aplicativo. Onde o cliente pode pegar até R$ 10
mil e pagar em até 12 vezes, com taxas que variam de zero a 2% ao mês.
Apesar
do nome, o aplicativo não é um banco propriamente dito e registrado no Banco
Central, mesmo oferecendo algumas funções financeiras. A ideia da empresa é
justamente atender à população 'desbancarizada'. "Não queremos ser um
banco, queremos ser o Social Bank. Não temos o intuito de ser um banco. O
banco, para mim, é a rádio-táxi. O Uber é o novo modelo", disse Rodrigo
Borges, executivo do Social Bank.
A
iniciativa permite que o cliente tenha uma conta digital e movimentá-la
normalmente por meio de depósitos e saques. Mas como tirar o dinheiro? Essa
conta oferece um cartão nacional de bandeira MasterCard, sem anuidade (com
custo de produção de R$ 9,90) e que só funciona na função crédito, embora o
valor seja debitado da conta imediatamente. Quem não quiser ter o cartão físico
pode usar o cartão virtual, mostrado no aplicativo, para fazer transações via
internet.
As
transferências entre contas Social Bank são isentas de taxas. Para fazer enviar
a outros bancos, a taxa de DOC e TED é de R$ 4,90 (clientes Itaú são isentos
dessas tarifas). O aplicativo também facilita a criação de contas conjuntas com
pessoas que não sejam da sua família. De maneira parecida com o WhatsApp, ele
permite associar sua conta com a de outro usuário.
As
fintechs têm operado no limite de legislação e, por isso, o Banco Central busca
novas formas de viabilizar e regular essas empresas que tentam mudar o segmento
financeiro por meio da tecnologia. Uma consulta pública foi convocada para
avaliação da regulação de empréstimos entre pessoas. A ideia é oferecer maior
segurança jurídica ao segmento.
Com
juros baixos e sem precisar de avalista, penhor atraí mais clientes
Alternativa
que oferece taxas de juros mais em conta (2,1% ao mês) e sem necessidade de
avalista, o penhor da Caixa Econômica Federal tem atraído cada vez mais
clientes. Somente no Rio, no período de janeiro a outubro deste ano, houve uma
variação de 12% no valor contratado em penhor ante igual período do ano
anterior. Os números saltaram de R$ 2,1 bilhões em 2016 para R$ 2,36 bilhões
este ano.
Mas
afinal, o que pode ser penhorado? Joias em ouro como alianças, correntinhas,
brincos ou braceletes, pedras preciosas, relógios e canetas, por exemplo,
informou a Caixa.
Os
empréstimos variam de 10% a 85% sobre o valor da avaliação, que é feita na hora
por um técnico especializado. Não há limite para esse tipo de operação e o
dinheiro é liberado na hora, sem precisar comprovar renda ou passar por análise
dos serviços de proteção ao crédito.
O
cliente pode levar o dinheiro ou, no caso de correntista da Caixa, é feito
depósito em conta. Dependendo do relacionamento com o banco e se tiver feito
outros penhores e pago na data correta, o valor desembolsado pode chegar a 100%
do valor do objeto.
Dá
para renovar o penhor quantas vezes o cliente quiser. Mas ao colocar uma joia
no 'prego', é preciso ter atenção às datas de vencimento. Depois de 30 dias de
atraso no pagamento, a peça vai à leilão. "O risco que o cliente corre é
esquecer de pagar, ou pelo menos renovar, para não perder a joia", alerta
Gilberto Braga.
Extraído de: sosconsumidor.com.br/noticias - Fonte: O Dia Online