22 de abril de 2022

GASOLINA CARA REDUZ VANTAGEM DE CARROS NOVOS MAIS ECONÔMICOS

Versões atualizadas de automóveis 2022 mais econômicos chegaram às lojas com o mega-aumento dos combustíveis


Os carros novos produzidos no ano de 2022 estão menos poluentes e mais econômicos. Trata-se de uma evolução determinada pela sétima fase do Proconve (Programa de Controle de Emissões Veiculares), que tem força de lei. Mas o consumidor que comprou um automóvel zero-quilômetro recentemente não sentirá todo o alívio esperado na hora de abastecer, e o problema está no preço do combustível.

O Instituto Mauá de Tecnologia realizou, a pedido da Folha, testes que comparam o consumo de carros produzidos sob a nova norma com o gasto de suas versões anteriores, adequadas à sexta fase do programa. Os resultados confirmam as melhorias.

A versão 2021 do sedã Honda City, por exemplo, foi capaz de percorrer 11,1 quilômetros com um litro de gasolina durante o teste Folha-Mauá. Já o modelo 2022, que recebeu tecnologias como injeção direta de combustível, registrou a média urbana de 12,9 km/l.

Contudo, o valor médio do litro da gasolina passou de R$ 6,34 para R$ 7,21 nos últimos seis meses, segundo pesquisa mensal divulgada pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Já o etanol teve o preço elevado de R$ 4,88 para R$ 5,13 no mesmo período.

Em outubro de 2021, gastava-se o equivalente a R$ 0,57 por quilômetro para rodar com o Honda City "antigo" abastecido com gasolina. Hoje, o dono de um modelo 2022 gasta R$ 0,56 por quilômetro.

Se o preço do derivado do petróleo não tivesse passado por reajustes nos últimos seis meses, o custo por quilômetro do Honda 2022 seria de R$ 0,49.

Já o motorista que dirige o modelo 2021 viu seu gasto subir de R$ 0,57 para R$ 0,65 por quilômetro nos últimos seis meses.

Quanto mais se roda, maior a percepção das altas a cada parada no posto. O motorista de aplicativo Wanderlei Santos, 39, registra o consumo de seu Ford Fiesta Sedan 2017 em planilhas. Em abril de 2021, ele anotou um gasto de R$ 117 ao encher o tanque com etanol —o marcador de combustível estava na reserva. Na última semana, a despesa em condição semelhante ficou em R$ 237.

"Hoje seleciono as corridas para sempre rodar no contrafluxo, assim não pego muito trânsito e o carro consome menos", diz Santos. "Tenho que criar essas estratégias, porque com a gasolina a R$ 7, não dá."

Para as fabricantes, é frustrante ver o resultado da evolução técnica perder força diante da alta dos combustíveis. A Anfavea (associação das montadoras) calcula que que tenham sido investidos R$ 12 bilhões na adequação dos carros ao Proconve 7.

Houve ainda muitos problemas devido à falta de componentes e pedidos de extensão do prazo para enquadramento, que terminava em dezembro.

Após idas e vindas a Brasília, a entidade obteve junto ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) a prorrogação por três meses do período para   carros novos à sétima etapa da legislação ambiental.

Portanto, as versões atualizadas dos automóveis chegaram às lojas junto com o mega-aumento dos combustíveis, que ocorreu em março.

Enquanto iniciavam a montagem de modelos menos poluentes, as empresas acompanhavam a queda nas vendas. Os licenciamentos de veículos novos caíram 23,2% na comparação entre os primeiros trimestres de 2022 e 2021.

Com 402,8 mil unidades vendidas, o período de janeiro a março deste ano registra o pior resultado desde 2006, segundo dados da Fenabrave (associação dos distribuidores de veículos).

Enquanto isso, o segmento de motos registra alta. Os emplacamentos no primeiro trimestre somaram 274,7 mil unidades, o que corresponde a uma alta de 33,7% na comparação com o mesmo período do ano passado.

"A elevação nos preços dos combustíveis também tem levado mais pessoas a olharem para a motocicleta como uma alternativa", diz, em nota, Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo (Associação dos Fabricantes de Motos e Bicicletas).

Atsushi Fujimoto, presidente da Honda América do Sul, lembra que o preço da gasolina está alto não só no Brasil, mas no mundo inteiro, devido principalmente aos reflexos da guerra na Ucrânia. Além das preocupações com escassez, vários países pararam de importar energia da Rússia, o que mexe com o cenário global de petróleo e gás.

"Não está tão evidente que clientes de carros estejam migrando para as duas rodas, mas quem já tem um automóvel e uma motocicleta em casa está preferindo a moto para, por exemplo, ir ao mercado", afirma Fujimoto.

Extraído de: sosoconsumidor.com.br - Fonte: Folha Online - Por: Eduardo Sodré

 

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15 de abril de 2022

VOCÊ PODE ESTAR PAGANDO MAIS DO QUE DEVERIA NO BOLETO DE SERVIÇOS CONTRATADOS; VEJA O QUE FAZER

Cobranças indevidas em faturas de serviços não contratados são as queixas mais comuns dos consumidores; saiba identificar e pedir o reembolso


Nem sempre o valor que vem descrito no boleto é o que se deve pagar. A cobrança indevida em faturas de serviços como telefonia, internet, TV, streaming e produtos financeiros é uma queixa comum entre consumidores. Com um pouco de atenção, ela pode ser encontrada e questionada.

Nos casos em que o cliente já pagou a conta com valores acima dos devidos, é possível recuperar o dinheiro. Segundo especialistas, isso deve ser feito pelos canais de atendimento da empresa, SACs (Serviços de Atendimento ao Consumidor) e, em último caso, por meio de processo judicial.

No Reclame Aqui, plataforma de mediação de conflitos entre consumidores e empresas, a cobrança indevida aparece como a principal queixa registrada nos últimos seis meses contra serviços de provedores de internet (14 mil reclamações), de telefonia celular (15 mil), de telefonia fixa (4.000) e de TV por assinatura (8.000). 

CONFIRA ALGUNS EXEMPLOS DE COBRANÇA INDEVIDA

Redução imediata dos créditos de celular em planos pré-pagos (antes de o cliente fazer qualquer ligação ou enviar mensagem)

- Cobrança de seguro não contratado em serviços financeiros, como cartão de crédito, conta bancária ou financiamento

- Contratação de um plano melhor (e mais caro) de telefonia, internet, TV a cabo ou serviço de streaming do que o consumidor havia pedido

- Cobrança de serviços adicionais sem autorização, como pacote de jogos na conta de celular ou de envio de horóscopo por mensagem, por exemplo

- Assinatura de canais extras de TV ou de filmes e séries com custo adicional sem o devido consentimento do consumidor

Especialistas do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) e do Reclame Aqui compartilharam dicas de como lidar com as cobranças indevidas.

COMO IDENTIFICAR UMA COBRANÇA INDEVIDA

1- Leia os detalhes das faturas; elas devem estar disponíveis na área de atendimento ao consumidor em sites e aplicativos das empresas

2- Não se esqueça dos boletos em débito automático

3- Procure por valores que você considera acima do que havia sido acordado no momento da contratação

4- Confira se o plano não foi melhorado sem o seu consentimento

5- Veja os serviços adicionais contratados; você solicitou todos eles?

6- Se identificou uma cobrança que considera excessiva, verifique se não é apenas o reajuste contratual que pode acontecer após 12 meses

7- Pesquise na internet por reclamações semelhantes

"Se estiver com dúvida sobre o que foi cobrado, sua operadora é obrigada a explicar que tipo de serviço está sendo faturada. Neste caso, entre em contato pelos canais de atendimento ao consumidor da empresa e anote o protocolo", diz Camila Leite, advogada do Programa de Telecomunicações e Direitos Digitais do Idec.

Felipe Paniago, diretor de marketing do Reclame Aqui, afirma que é importante ler com atenção as queixas registradas por outros consumidores. Isso pode ser feito em sites de defesa ao consumidor ou nas próprias redes sociais, usando palavras-chave.

O cuidado com contas em débito automático foi uma medida citada por todos os especialistas ouvidos pela reportagem. O mecanismo oferece uma comodidade para o consumidor e para a empresa, evitando atraso de pagamentos. Mesmo assim, o consumidor precisa checar periodicamente os detalhes da conta, para ver se não está pagando mais do que deve.

Bianca Caetano, advogada da Proteste, afirma que cobranças maiores às vezes são apenas resultado do reajuste anual do contrato. "Lembrando que o reajuste anual, como já diz, só pode ocorrer a cada 12 meses e deverá ser informado ao consumidor de maneira prévia, antes do vencimento da cobrança."

VEJA COMO RECLAMAR DA COBRANÇA INDEVIDA... Continuar lendo »

Extraído: sosoconsumidor.com.br – Fonte: Folha Online - Por: Filipe Andretta

 

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8 de abril de 2022

GOVERNO EDITA NOVO DECRETO QUE REGULA SAC

Novo decreto altera regulamentação do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), e trata ainda do cancelamento de serviços contratados pelo consumidor


O Governo Federal editou o Decreto nº 11.034, de 05 de abril de 2022, que regulamenta o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº. 8.078, de 1990) para fixar normas sobre o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC). O texto foi publicado no dia 06/04/2022, no Diário Oficial da União e entra em vigor em 180 dias, a partir de 06/10/2022.

Um Decreto anterior, o de nº. 6.523, de 31 de julho 2008, já tratava sobre o tema, mas, segundo a justificativa do governo, carecia de atualizações em virtude de múltiplos fatores, tais como: aprimoramento tecnológico; mudança do perfil do consumidor; adequação às melhores práticas nacionais e internacionais; efetividade do sistema, isto é, a efetiva resolução das demandas;  e dados observados na plataforma oficial do Governo Federal (Consumidor.gov), que demonstram aumento de 70%, entre 2019 e 2020, nas reclamações de consumidores sobre SAC nos setores regulados.

O fomento do uso de diferentes canais de atendimento ao consumidor é um dos pontos tratados pelo novo decreto. Antes, o atendimento ao SAC se dava exclusivamente por meio telefônico e, agora,  essa é uma das possibilidades, dentre outras.

Ainda no caso do atendimento telefônico, as entidades reguladoras competentes observarão condições mínimas, como se o horário de atendimento não é inferior a oito horas diárias, com disponibilização de atendimento por humano; e se há opções mínimas constantes do primeiro menu, incluídas, obrigatoriamente, as opções de reclamação e de cancelamento de contratos e serviços; além de tempo máximo de espera para o contato direto com o atendente, quando essa opção for selecionada; e a transferência ao setor competente para atendimento definitivo da demanda, quando o primeiro atendente não tiver essa atribuição.

A gratuidade do SAC para o consumidor segue como garantia, bem como assegura sua disponibilidade durante 24 horas por dia, durante os sete dias por semana. O acesso inicial ao atendente não será condicionado ao fornecimento
prévio de dados pelo consumidor, segundo o texto.

O decreto estabelece ainda a proibição da veiculação de mensagens publicitárias durante o tempo de espera para o atendimento, exceto se houver consentimento prévio do consumidor. A veiculação de mensagens de caráter informativo durante o tempo de espera é permitida, desde que tratem dos direitos e deveres dos consumidores ou dos outros canais de atendimento disponíveis.

O consumidor poderá acompanhar, nos diversos canais de atendimento integrados, todas as suas demandas, por meio do registro numérico ou algum outro tipo de procedimento eletrônico. O novo texto impõe que as demandas do consumidor serão respondidas no prazo de sete dias corridos, a partir da data de registro. O consumidor deverá ser informado sobre a conclusão do tratamento de sua demanda.

Cancelamento de serviços

O texto trata ainda sobre o cancelamento de serviços feitos pelo consumidor e traz diretrizes a serem observados pelos fornecedores, como a necessidade de garantia de processamento dos pedidos de cancelamento por todos os meios disponíveis, observadas as condições aplicáveis de rescisão e as multas decorrentes de cláusulas contratuais.

A Secretaria Nacional do Consumidor deverá desenvolver metodologia e implementar a ferramenta de acompanhamento da efetividade dos SAC.

Por fim, a proposta indica que a inobservância ao disposto neste Decreto acarretará a aplicação das sanções estabelecidas no art. 56 do Código de Defesa do Consumidor, sem prejuízo da aplicação das sanções constantes dos regulamentos específicos dos órgãos e das entidades reguladoras.

Veja aqui o Decreto nº 11.034, de 5 de abril de 2022

Extraído: www.jota.info - Fonte: Redação Jota e planalto.gov.br

 

                         

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1 de abril de 2022

SAIBA COMO ECONOMIZAR NA COMPRA DE REMÉDIOS

Autorizado pela Cmed reajuste de 10,89% nos preços dos medicamentos, que começa a valer no mês de abril de 2022


Apesar do dia 1º de abril ser considerado o dia da mentira, essa notícia é verdadeira. Os remédios devem ficar mais caros para os consumidores nos próximos dias, em razão do reajuste de 10,89% no valor dos medicamentos, que deve começar a valer no mês de abril. Para economizar, a indústria farmacêutica e o Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) recomendam recorrer ao Programa Farmácia Popular ou seguir algumas orientações básicas - como fazer pesquisa de preços e trocar a marca de referência por genéricos.

Uma vez por ano, a Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) divulga uma lista com o preço máximo de medicamento nas indústrias e no varejo. O cálculo para atualizar os valores leva em consideração a inflação acumulada em 12 meses até fevereiro e custos específicos da indústria farmacêutica (como energia, câmbio e matérias-primas).

A Câmara de Medicamentos divulgou na terça-feira dia 29/03/2022, que o valor máximo deverá ser reajustado em 10,89%. No entanto, o aumento precisa ser confirmado pelo governo federal, em publicação no Diário Oficial da União.

A nova tabela de preços levará alguns dias para ser publicadas, mas as fábricas e farmácias já se preparam para aumentar os medicamentos até o limite permitido pelo governo.

Fontes da indústria farmacêutica afirmam que o novo valor máximo só deve entrar em vigor na metade de abril. Mesmo assim, medicamentos que eram vendidos abaixo do limite atual podem ser reajustados desde já, antecipando parte da elevação.

Nos anos anteriores, a Cmed aprovava três níveis de reajuste, conforme o tipo de medicamento e a competitividade das marcas no mercado. Para 2022, não haverá esta distinção - ou seja, mesmo os medicamentos mais caros poderão ter o preço máximo reajustado em até 10,89%, o que significa um impacto ainda maior para o consumidor.

Veja a seguir algumas dicas para economizar com medicamentos, segundo o Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos) e a Proteste.

CINCO DICAS PARA ECONOMIZAR NA COMPRA DE REMÉDIOS

1. Veja se o remédio existe no programa Farmácia Popular

Se você tem hipertensão, diabetes ou asma, pode conseguir remédios de graça nas redes credenciadas do “Aqui tem Farmácia Popular” - elas costumam ter uma placa sinalizando esta disponibilidade. O programa também oferece outros remédios com preços até 90% mais baixos. Basta ir a uma farmácia credenciada, apresentar a identidade e a receita, que não necessita ser de um médico do Sistema Único de Saúde (SUS). Até 2017, a Farmácia Popular tinha uma rede própria. Agora, o programa funciona apenas em parceria com redes privadas, que vendem medicamentos subsidiados.

2. Pesquise preços

Procure o medicamento que você precisa em diferentes redes de farmácias e drogarias, que podem acabar cobrindo os preços da concorrência. Outra opção é usar comparadores online de preços de remédios, que indicam estabelecimentos com desconto.

3. Considere entrar para programas de fidelidade

Programas de fidelidade dos laboratórios são aceitos em muitas farmácias, com descontos de até 70%, segundo a Proteste.

4. Veja se há desconto para a profissão ou por plano de saúde

Se você é vinculado a um sindicato ou associação de classe profissional, veja se há parceria com alguma rede, o que também pode reduzir os preços. Muitos estabelecimentos ainda dão descontos a usuários de alguns planos de saúde.

5. Dê preferência aos genéricos

Peça para seu médico fazer a prescrição pelo nome do princípio ativo, e não pelo nome comercial, para que você opte pelo genérico, sempre mais barato. Vale a pena ainda comparar os valores do mesmo genérico de diferentes laboratórios.

Extraído: sosconsumidor.com.br/noticias - Fonte: Folha Online - Por: Filipe Andretta

 

 

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