Autorizado pela Cmed reajuste de 10,89% nos preços dos medicamentos, que começa a valer no mês de abril de 2022
Apesar do dia 1º de abril
ser considerado o dia da mentira, essa notícia é verdadeira. Os remédios devem
ficar mais caros para os consumidores nos próximos dias, em razão do reajuste
de 10,89% no valor dos medicamentos, que deve começar a valer no mês de
abril. Para economizar, a indústria farmacêutica e o Proteste (Associação
Brasileira de Defesa do Consumidor) recomendam recorrer ao Programa Farmácia
Popular ou seguir algumas orientações básicas - como fazer pesquisa de preços e
trocar a marca de referência por genéricos.
Uma vez por ano, a Cmed
(Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) divulga uma lista com o preço
máximo de medicamento nas indústrias e no varejo. O cálculo para atualizar os
valores leva em consideração a inflação acumulada em 12 meses até fevereiro e
custos específicos da indústria farmacêutica (como energia, câmbio e
matérias-primas).
A Câmara de Medicamentos
divulgou na terça-feira dia 29/03/2022, que o valor máximo deverá ser
reajustado em 10,89%. No entanto, o aumento precisa ser confirmado pelo governo
federal, em publicação no Diário Oficial da União.
A nova tabela de preços
levará alguns dias para ser publicadas, mas as fábricas e farmácias já se
preparam para aumentar os medicamentos até o limite permitido pelo governo.
Fontes da indústria
farmacêutica afirmam que o novo valor máximo só deve entrar em vigor na metade
de abril. Mesmo assim, medicamentos que eram vendidos abaixo do limite atual
podem ser reajustados desde já, antecipando parte da elevação.
Nos anos anteriores, a
Cmed aprovava três níveis de reajuste, conforme o tipo de medicamento e a
competitividade das marcas no mercado. Para 2022, não haverá esta distinção - ou
seja, mesmo os medicamentos mais caros poderão ter o preço máximo reajustado em
até 10,89%, o que significa um impacto ainda maior para o consumidor.
Veja a seguir algumas
dicas para economizar com medicamentos, segundo o Sindusfarma (Sindicato da
Indústria de Produtos Farmacêuticos) e a Proteste.
CINCO DICAS PARA ECONOMIZAR NA COMPRA DE REMÉDIOS
1. Veja se o remédio
existe no programa Farmácia Popular
Se você tem hipertensão,
diabetes ou asma, pode conseguir remédios de graça nas redes credenciadas do “Aqui
tem Farmácia Popular” - elas costumam ter uma placa sinalizando esta
disponibilidade. O programa também oferece outros remédios com preços até 90%
mais baixos. Basta ir a uma farmácia credenciada, apresentar a identidade e a
receita, que não necessita ser de um médico do Sistema Único de Saúde (SUS). Até
2017, a Farmácia Popular tinha uma rede própria. Agora, o programa funciona
apenas em parceria com redes privadas, que vendem medicamentos subsidiados.
2. Pesquise preços
Procure o medicamento que
você precisa em diferentes redes de farmácias e drogarias, que podem acabar
cobrindo os preços da concorrência. Outra opção é usar comparadores online de
preços de remédios, que indicam estabelecimentos com desconto.
3. Considere entrar
para programas de fidelidade
Programas de fidelidade
dos laboratórios são aceitos em muitas farmácias, com descontos de até 70%,
segundo a Proteste.
4. Veja se há desconto
para a profissão ou por plano de saúde
Se você é vinculado a um
sindicato ou associação de classe profissional, veja se há parceria com alguma
rede, o que também pode reduzir os preços. Muitos estabelecimentos ainda dão
descontos a usuários de alguns planos de saúde.
5. Dê preferência aos
genéricos
Peça para seu médico
fazer a prescrição pelo nome do princípio ativo, e não pelo nome comercial,
para que você opte pelo genérico, sempre mais barato. Vale a pena ainda
comparar os valores do mesmo genérico de diferentes laboratórios.
Extraído: sosconsumidor.com.br/noticias - Fonte: Folha Online - Por: Filipe Andretta
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