O
governo publicou no "Diário Oficial da União" a decisão de elevar o
percentual de álcool na gasolina de 20% para 25% a partir de 1º de maio de 2013
A decisão já havia
sido tomada no fim de janeiro deste ano, pelo Ministro de Minas e Energia,
Edison Lobão. A mistura de 20% está em vigor desde 1º de outubro de 2011.
Um dos objetivos do
governo é reduzir o impacto do aumento da gasolina e do diesel, realizado
também no fim de janeiro, já que o etanol (álcool anidro) é mais barato.
Os reajustes, feitos
no início do ano na refinaria, ficaram em 6,6% para a gasolina e 5,4% para o
diesel. O impacto para os consumidores foi menor, calculado em cerca de 4%
devido justamente à presença do etanol.
A mudança no preço
dos combustíveis buscou atenuar a defasagem entre os valores internacionais com
os preços internos. A diferença vinha afetando o desempenho da Petrobras,
responsável por importar o combustível.
O reajuste da
gasolina nas refinarias é o primeiro com impacto ao consumidor desde 2005, desde
então o governo abria mão da arrecadação do Cide (tributo federal dos
combustíveis) para anular a alta nos postos, e deve injetar cerca de R$ 600
milhões no caixa da empresa.
Como esse tributo
foi zerado no ano passado, ele não pode mais ser usado para compensar
reajustes.
O aumento do
percentual, no entanto, não deverá reduzir a necessidade de importação de
gasolina pela Petrobras. A companhia prevê um aumento no volume de compras do
exterior neste ano.
As usinas de cana
projetam uma safra recorde, enquanto analistas acreditam que a colheita e a
moagem podem começar mais cedo este ano, o que deve garantir o abastecimento,
mesmo com a maior demanda por etanol para mistura na gasolina.
Extraído de: S.O.S Consumidor/Notícias – Fonte: Folha Online