Em
tempos de crise e combustíveis caros, pequenas atitudes ao volante podem
representar uma economia de 25% até 30%
Você sabia que a forma que você dirige seu carro influencia no seu gasto
mensal com gasolina? Pois é, simples atitudes atrás do volante
podem representar de 25% até 30% de economia no consumo médio do
automóvel. Desta forma, de nada adianta comprar o modelo mais econômico do
mercado se a forma como ele é dirigido não for favorável.
O engenheiro mecânico Renato Passos conta que a primeira dica é estar com
o carro sempre revisado. A manutenção correta melhora - e muito - a
eficiência energética. "É sempre importante que se mantenha a manutenção
em dia de seu veículo. Filtros novos e de qualidade comprovada sufocam menos o
motor, permitindo admissão de ar de forma mais eficiente. O óleo trocado no
prazo correto e dentro das especificações devidas deixa o propulsor mais
solto".
A recomendação para troca do filtro de ar e do óleo varia de fabricante
para fabricante, sempre especificada no manual do veículo. Em média, a troca do
elemento filtrante deve ser feita a cada 15 mil quilômetros em caso de uso
normal.
Se o trajeto diário envolver muito congestionamento, esse prazo diminui
drasticamente por conta da poluição proveniente dos gases dos carros parados à
frente. Nestes casos, recomenda-se a troca a cada seis meses para evitar perda
de eficiência na admissão do ar. Já o óleo deve seguir sempre a recomendação do
manual, tanto o prazo quanto a especificação.
O engenheiro alertou também para a troca das velas, sempre de acordo com
a quilometragem recomendada pelo fabricante. Em sua maioria, duram 20 mil
quilômetros. Contudo, recomenda-se uma verificação a cada 10 mil quilômetros.
"Isso é importante para verificar se a peça ainda está em bom estado e produz
a centelha necessária para a combustão. Um carro bem cuidado sempre trará
vantagens: quando os sistemas mecânicos colaboram, o motor sofre menos para
movimentar o automóvel", explica.
Outro ponto que contribui para uma melhora na eficiência energética é o
tráfego. É fato que os carros consomem mais combustível em engarrafamentos.
Então, se possível, opte por horários alternativos, fora do congestionamento
típico da hora do rush. Com as ruas mais livres, o motor trabalha em um regime ideal, com giros mais baixos e constantes.
Veja como melhorar sua condução e
economizar combustível:
1 - A famosa "banguela" não economiza combustível nos veículos
modernos. Dessa forma, colocar o câmbio em ponto morto em descidas não ajuda em
nada. Isso acontece pois o sistema de injeção eletrônica, mesmo ao detectar que
o pedal do acelerador não está acionado, continua jogando combustível. Em
contrapartida, com o carro engatado, o veículo recupera parte da energia
cinética, o popular "embalo". Sendo assim, em descidas, deixe o
câmbio engatado e use o freio-motor.
2 - Quando os pneus se encontram abaixo da calibragem ideal, eles
aumentam a área de contato com o solo, demandando maior energia para serem
movimentados. E de onde vem esta energia extra? Exatamente: de uma quantidade
de combustível além do necessário.
3 - Livre-se do peso. Não é mais fácil empurrar uma cadeira de plástico
do que uma de metal? Isso se dá porque a força exercida é proporcional ao peso
do objeto movido. Assim, quanto menor o volume de itens desnecessários em seu
carro, menor o peso que ele carrega - e menos esforço ele demanda. Evite andar
com o porta-malas lotado de tralhas e objetos desnecessários. Verifique a carga
útil máxima do veículo, ou seja, todo o peso que ele pode carregar considerando
passageiros e bagagens. E nada de tirar o estepe, hein?
4 - Evite acelerações bruscas: pise de forma suave no acelerador, mesmo
em ultrapassagens ou retomadas. Quanto mais bruto o movimento do pedal, mais
combustível é injetado em uma fração de segundos, já que o motor
"entende" que ele precisa de força de forma instantânea - e, por
conta disso, o consumo aumenta.
5 - Ligar o ar provoca, sim, maior gasto de combustível nas cidades, algo
em torno de 10 a 20%. O gasto é pequeno se comparado ao conforto, principalmente
no Rio. Porém, na estrada ou até mesmo em vias expressas, andar com os vidros
abertos a mais de 80 km/h interfere na aerodinâmica do carro. Isso vai fazer
que gaste mais com os vidros abertos do que se estivesse com o ar ligado porque
a entrada lateral de vento vai interferir no rendimento.
Extraído
de: sosconsumidor.com.br - Fonte: O Dia Online - Por: Fabio
Perrotta Jr.