13 de maio de 2023

FRAUDE NO REQUEIJÃO - MINISTÉRIO RECOLHE PRODUTOS COM ADIÇÃO DE AMIDO

O Mapa constatou em nove marcas de requeijão a presença de amido na proporção de 5%, sem conter essa informação na embalagem, o que caracteriza fraude ao consumidor


O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) identificou fraude econômica em requeijões vendidos no Brasil. As marcas adicionam amido ao produto, mas não incluem essa informação na embalagem, o que é proibido.

O Mapa analisou 179 amostras de requeijão e requeijão cremoso vendidos no comércio varejista de nove estados brasileiros (Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo) e encontrou a presença de amido em nove delas, cerca de 5% do total.

Nas amostram em que foi identificada fraude econômica, o Mapa adotou medidas como apreensão cautelar dos produtos e autuação em processo administrativo específico.

O ministério esclarece que não é proibido adicionar amido ao requeijão, desde que isso seja informado na embalagem. Quando a presença do amido fica "escondida", o produto vendido é diferente do informado, por isso a fraude econômica.

"O requeijão que leva adição de amido deve ter em sua denominação de venda a informação Mistura de Requeijão e Amido, de acordo como o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Requeijão. Logo, qualquer comercialização sem a denominação configura fraude ao consumidor", explica a diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Ana Lúcia Viana.

Produtos similares

Mais comuns nos supermercados nos últimos meses, por causa da crise econômica, os produtos ditos similares, que evocam seus “primos distantes” e mais caros, são oferecidos para substituir os originais, como o soro de leite e mistura láctea no lugar do leite, gordura vegetal com sabor de manteiga e, agora, até “requeijão fake”.

No caso do requeijão fake, o produto se trata, na verdade, de “mistura de requeijão, queijos, gordura vegetal e amido”. Se em algum estabelecimento ele for vendido como requeijão, trata-se de propaganda enganosa. 

Enquanto alguns consumidores levam o produto para casa por engano, já que esteticamente as embalagens são bem semelhantes à embalagem de um requeijão, há consumidores que, diante da forte corrosão do poder de compra ocasionada pela inflação dos alimentos combinada ao baixo nível dos salários, não veem outra opção que não seja o consumo de similares.

Outro ponto para estar atento ao escolher um produto é verificar o rótulo (aquele com letras miúdas), pois o ingrediente principal deve ser sempre o primeiro e os seguintes na ordem de maior para menor quantidade. 

Extraído: sosconsumidor.com.br - Fonte: economia.ig e Diário do Nordeste - Por Germano Ribeiro

 

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