24 de junho de 2015

JUROS DO CARTÃO DE CRÉDITO VÃO A 360% AO ANO E DO CHEQUE ESPECIAL CHEGA A 232%

As taxas de juros no crédito bancário voltaram a subir em maio, acompanhando o movimento de alta da taxa básica de juro promovido pelo Banco Central

Resultado de imagem para cartão de crédito e cheque especialA taxa média do cheque especial fechou o mês passado em 232% ao ano, segundo o BC. Esse é o maior valor desde dezembro de 1995, quando estava em 242% ao ano.
O maior valor registrado pelo BC no custo do cheque especial desde o Plano Real é os 294% ao ano de julho de 1994, início da série histórica da pesquisa mensal de crédito da instituição.
A taxa média de juros no rotativo do cartão de crédito alcançou 360% ao ano. Um ano antes, a taxa estava em 306% ao ano. Essa é a linha mais cara entre as principais modalidades de crédito para o consumo.
Na média, a taxa de juros do crédito ao consumo passou de 48,8% em maio do ano passado para 57,3% ao ano em maio deste ano, de acordo com a pesquisa de crédito do BC. O número é novo recorde para a série iniciada em março de 2011.
A inadimplência, que estava em 5,7% em maio do ano passado, caiu para 5,4% neste ano no crédito para pessoas físicas com taxas de mercado.
ESTOQUE
O estoque total de crédito cresceu 0,7% em maio em relação a abril e acumula alta de 10,1% em 12 meses, somando R$ 3,08 trilhões. Houve alta de 0,8% na contratação pelas empresas e alta de 0,6% para as pessoas físicas.
Na comparação com o PIB (Produto Interno Bruto), o estoque de crédito avançou de 54,3% para 54,4% entre abril e maio. O percentual ainda está abaixo do registrado no final do ano passado (54,7%).
O crédito livre cresce a uma taxa de 4,7% em 12 meses. Já as operações com juros e direcionamento controlados pelo governo, que incluem BNDES e crédito imobiliário, cresceram 16,5% na mesma comparação.
Extraído: S.O.S Consumidor/notícia - Fonte: Folha Online/Banco Central, Por: Eduardo Cucolo


17 de junho de 2015

COMO NEGOCIAR PREÇOS DE TELEFONE, INTERNET E TV POR ASSINATURA E ECONOMIZAR ATÉ 50%

Em tempos de crise, a palavra de ordem é barganhar. Como as tarifas de gás, luz e água não são negociáveis, o EXTRA selecionou dez dicas de especialistas para o consumidor negociar descontos em pacotes de TV por assinatura, internet e telefone, com abatimentos de até 50%

Dados de inadimplência do setor de Comunicações mostram o quanto o cliente deve se preocupar em adequar o valor dos serviços ao seu orçamento. Segundo o SPC Brasil, o atraso de pagamento subiu 12,10% no mês passado, em relação a abril de 2014. Foi a maior alta em comparação com outros setores: comércio, bancos e concessionárias de água e luz.
— Os serviços são caros. Então, as pessoas acabam negociando combos com as empresas, mas pagando por serviços que não usa. Às vezes, dá para cortar — diz Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.
De fato, há quem nem esteja disposto a negociar, mas de eliminar logo o gasto. Foi o caso do publicitário Vitor Alves, de 27 anos. Desde que saiu da casa dos pais, há dois anos, ele não tem TV por assinatura:
— Por eu não ficar muito em casa, o custo-benefício não seria muito bom. Com o Netflix, como tenho menos tempo, tenho mais controle da programação.
O comediante e produtor de vídeos para o YouTube Marcos Castro, de 29 anos, seguiu o mesmo caminho. Desde que se casaram, há dois anos, ele e a esposa abriram mão de plano de televisão para ficar apenas com a assinatura de filmes e séries:
— Pago R$ 17,90. Se pagasse um pacote de TV que custasse mais de R$ 60 (porque esse é, em geral, o valor mínimo para ter canais de filmes e séries), não compensaria.
Vale lembrar, porém, que serviços de streamming, como o do Netflix, exigem planos de internet com velocidade de pelo menos 5 Megabites por segundo (Mbps), que custam, no mínimo R$ 60 por mês.
Reportagem consegue economia de 16%
Durante a apuração da matéria, após receber orientações de especialistas em renegociação, a repórter entrou em contato com uma operadora e conseguiu um desconto de 16%, em relação ao valor que desembolsava antes por TV paga e internet e de 30% em relação ao que pagaria com o novo plano.
Veja se o serviço vale o que estão cobrando
O brasileiro gosta de negociar valores mais baixos, mas a maioria não sabe exatamente pelo que está pagando. Essa é a avaliação de Lélio Braga Calhau, coordenador do site Educação Financeira para Todos, segundo o qual quando há conhecimento dos gastos, fica mais fácil identificar que preço está dentro ou fora da normalidade.
— Ligue para as empresas concorrentes para acompanhar as promoções — recomendou.
O consumidor pode até pechinchar, mas, em muitos casos, falta transformar isso em hábito. O militar Felipe Chagas, de 35 anos, lembra com orgulho dos descontos de 50% que conseguiu, há seis anos, no plano de internet banda larga e de 40% para a TV por assinatura. De lá para cá, não negociou mais:
— Eu disse que o serviço estava caro e que existiam concorrentes com preços mais em conta. Acho que, hoje em dia, não faço mais (renegociação) por preguiça ou porque tenho uma condição financeira melhor.
Para ajudar o leitor a deixar o comodismo de lado e se municiar antes de partir para a renegociação, o EXTRA pesquisou preços de serviços de internet, TV paga e telefonia das principais empresas (confira nesta página e na página ao lado). Em alguns casos, contratar o combo, que reúne vários serviços, rende descontos que chegam a até R$ 90. Por outro lado, há empresas que não dão abatimento algum.
Se a conclusão for que o preço está acima do que o serviço vale, é hora de tentar baixar o valor. Para orientar o leitor sobre como fazer isso, o EXTRA entrevistou dois ex-funcionários de call centers que trabalhavam no setor de retenção de uma operadora — em que o objetivo é convencer o cliente a não cancelar o serviço — para contar o que acontece nos bastidores.
— Há palavras-chave que o cliente tem que mencionar: ele tem que dizer que quer cancelar ou reduzir o pacote atual. Quando diz isso, o atendente já tem disponíveis pacotes que pode oferecer ao consumidor. Mas há procedimentos de argumentação e contra-argumentação. O atendente fará tudo o que puder para que o usuário desista do cancelamento. O desconto costumava ser de, no máximo, 50% — disse um atendente.
Outra ex-funcionária, porém, disse que já chegou a conceder 60% de abatimento:
— Quanto mais taxativo ele (o cliente) se mostrar, mais desconto conseguirá.
PASSO A PASSO PARA RENEGOCIAR
Especialista
Confira abaixo dez dicas de José Augusto Wanderley, consultor e autor do livro “Negociação total”, da editora Gente, sobre como renegociar.
Objetivo
Tenha uma meta de desconto. Dizer “eu quero reduzir o preço” não é um bom objetivo. É preciso deixar claro o que quer.
Preparação
O consumidor que não se prepara é enrolado pelo atendente, que é treinado para não dar o desconto. Essa preparação requer pesquisa intensa sobre as ofertas do mercado.
Tempo
Desvendar todas as alternativas que existem para ter êxito na negociação requer tempo. É o conhecimento do que existe na concorrência que baseia a contra-argumentação.
Perfil
Há duas formas de negociar: de forma agressiva ou suave. Na agressiva, usa-se a ameaça, como a do cancelamento. O jeito suave, por sua vez, consiste em “levar o atendente na conversa”. A escolha depende do perfil do cliente.
Persuasão
Use o famoso “jogar verde para colher maduro”. Um exemplo é afirmar para o atendente que você sabe que ele tem como dar descontos.
Artifícios
Esteja ciente de todos os artifícios que o atendente vai usar para não dar o abatimento, como oferecer outros planos que não te atendem.
Desistência
Saiba ouvir “não”. Se você desistir na primeira recusa, não vai conseguir o desconto.
Poder
A ameaça é um dos poderes do consumidor, desde que não provoque danos ao outro. Ameace ir para a concorrência, por exemplo.
Limite
O objetivo é chegar ao limite do outro. Qual o máximo de desconto possível?
Cumprimento
Toda negociação só acaba quando é cumprida. Cuidado com os falsos acordos. 
Extraído: Portal do Consumidor/notícia - Fonte: Extra

10 de junho de 2015

LISTA DE SITES DESONESTOS DE LOJAS VIRTUAIS CRESCE DEZ VEZES DESDE 2011 E CHEGA A 472

Procon-SP alerta sobre lojas on-line que devem ser evitadas para não sofrer aborrecimentos e prejuízo

Resultado de imagem para lista de sites desonestosAtraída pelo anúncio de roupas e acessórios importados a preços tentadores, em um banner num portal de notícias, a carioca Leyla Maria Peixoto Martins não pensou duas vezes. Clicou na propaganda, que a levou ao site lojaswikee.com.br. Era início de dezembro, e as ofertas eram tão boas — como uma camisa polo Ralph Lauren que no exterior custa US$ 85, cerca de R$ 255, por R$ 89,90 — que resolveu comprar presentes de Natal para a família. Gastou R$ 1.188, pagos por meio de boleto bancário. Nunca recebeu os produtos e, há alguns meses, o único canal de comunicação com a loja, um e-mail informado no site, foi desativado. Não conseguiu reaver o dinheiro.
— Eu não costumo fazer compras em sites, mas naquela correria pré-natal, resolvi facilitar a minha vida. E deu nisso — lamenta.
Como Leyla, milhares de consumidores brasileiros são vítimas de sites que vendem, mas não entregam. Quase 500 desses endereços virtuais integram uma lista criada pelo Procon-SP, atualizada periodicamente a partir de reclamações, que deve ser consultada antes de se fechar qualquer compra na web. São lojas on-line que precisam ser evitadas porque vendem o produto, não entregam e não são localizadas para uma negociação nem pelo consumidor, nem pelo Procon-SP.
Desde a criação da lista, em 2011, o número de sites incluídos cresceu mais de dez vezes, pulando de 44 lojas virtuais brasileiras para 472 atualmente. A lista foi criada por causa da explosão do comércio pela internet, com muitas pessoas comprando pela primeira vez, explica Fátima Lemos, assessora técnica do órgão. Naquele ano, o Procon-SP registrou o pico de reclamações sobre falta ou demora de entrega de produtos comprados pela web: 20.379 queixas. No ano passado foram 12.793.
— O grande problema é que a maioria dessas lojas dá os maiores descontos no pagamento por depósito ou no boleto. E dessa forma é impossível reaver o dinheiro, caso a entrega não ocorra — explica Fátima.
Para Pedro Guasti, diretor executivo da E-bit, consultoria de compras on-line, o número de sites que aplicam golpes é irrisório.
— No Brasil temos entre 40 mil e 50 mil lojas virtuais ativas, com CNPJ. Então, estes sites que devem ser evitados representam 1%. É um índice muito pequeno dentro desse universo que movimenta R$ 40 bilhões com cem milhões de pedidos por ano, mas tem gente que gosta de correr riscos — diz.
Não é tão simples, porém, identificar um site que não vai cumprir com a oferta. Até porque, explica a assessora do Procon-SP, nem todos foram criados para aplicar o golpe e têm indícios claros de fraude, como produtos a preços muito abaixo dos praticados pelo mercado. Há os que são bem estruturados e trazem todas as informações que um site de vendas deve ter:
— Alguns são colocados no ar por empreendedores que não tinham noção da demanda, não deram conta de realizar as entregas por falta de estrutura logística ou mesmo de estoque e desaparecem, lesando os clientes.
Outra forma de identificar que o site trará problemas é se ele não informa e-mail e telefone de contato válidos, um endereço físico, do escritório ou de depósito, e o CNPJ. Estas informações são obrigatórias, de acordo com o Decreto do Comércio Eletrônico, em vigor há dois anos, lembra Ricardo Theil, coordenador de Segurança da Camara-e.net.
NOVOS INTERNAUTAS
Segundo o Procon, metade das reclamações sobre esses sites são de moradores de fora da capital, que acabam comprando pela internet, porque não teriam acesso a uma gama variada de produtos, não fosse a web. Theil acrescenta, ainda, que o perfil das vítimas dos sites desonestos são pessoas que têm pouca habilidade com a internet, que estão começando a usá-la agora. Mas há exceções, como os milhares de consumidores lesados pela Lu Cunha Store (lucunhastore.com.br), já fora do ar, incluída na lista do Procon-SP há dois meses.
No começo do ano passado, uma turma de celebridades começou a postar em suas contas em redes sociais fotos com produtos da loja virtual, como forma de propaganda. Os artistas deram credibilidade, e a marca ganhou milhares de clientes pelo Brasil. Uma delas foi Tania Bloise, moradora da Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio. Há um ano ela pagou R$ 1,8 mil por um iPhone que nunca chegou à sua casa. Hoje, é uma das 1,2 mil integrantes de um grupo criado no Facebook por consumidores lesados pela loja para trocar informações sobre as compras e tentar reaver o dinheiro pago. A maioria comprou produtos da marca Apple, por valores acima de R$ 1 mil. Todos os e-mails e telefones para contato informados estão desativados e, segundo os lesados, a dona da loja virtual se mudou para os EUA.
— A loja era divulgada por artistas famosos que ganhavam para isso, a página tinha CNPJ, telefone de contato. Não tinha como desconfiar. Inicialmente, quando reclamava sobre o atraso na entrega diziam que os produtos que vendiam (equipamentos de telecomunicações) precisavam de homologação da Anatel para funcionar no Brasil, e esse desembaraço demorava. Mas depois, perdi o contato. Pra mim ficou a lição. Compra agora, só na loja. Nada de site — conta Tania, que até hoje não conseguiu juntar dinheiro pra comprar um novo aparelho.
O advogado especialista em defesa do consumidor Vinicius Zwarg explica que, quando o pagamento é feito por meio de boleto ou depósito bancário, a dificuldade de reavê-lo é muito grande, porque é difícil encontrar o representante legal da empresa. Por isso, o ideal é sempre realizar o pagamento por meio de cartão de crédito. Pois, em caso de golpe, a administradora do cartão pode ser acionada e, ao comprovar ilegalidade, estorna o que foi pago e suspende as demais parcelas.
COMPRA NO CARTÃO PODE SER ESTORNADA
O coordenador do Comitê de Segurança da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), Henrique Takaki, explica que o consumidor deve informar ao banco emissor do cartão sobre o não recebimento da compra por meio do SAC e de uma carta textual. Então, é investigado com a credenciadora (Cielo, Amex, Rede, por exemplo), que é quem tem contrato com a loja, se a entrega realmente não foi feita. Em caso positivo, o consumidor é reembolsado.
O artigo 7° do Código de Defesa do Consumidor prevê, ainda, que todos os causadores do dano respondam solidariamente pela reparação ao consumidor. O que pode levar, por exemplo, buscadores e sites de comparação de preços que exibem ofertas desses sites a serem responsabilizados, caso o consumidor opte pela compra, por meio dessa pesquisa, e não receba o produto. No entanto, o advogado Zwarg alerta que essa é uma discussão judicial e que não há um entendimento pacificado pelo Judiciário sobre de quem é a responsabilidade pela reparação:
— Cada caso é analisado individualmente. Agora, as administradoras de cartões têm responsabilidade direta e condições de auxiliar no gerenciamento desse estorno, pois podem pedir o travamento da remessa do valor.
Rodrigo Borer, CEO do Buscapé Company, que administra os buscadores Buscapé e Bondfaro explica que, como foi classificado pela Secretaria Nacional do Consumidor como prestador de serviços de internet, porque não intervém na cadeia de consumo, não pode ser responsabilizado por “eventual frustração do negócio realizado entre o comprador e o vendedor”. O GLOBO tentou contato com os sites Lu Cunha Store e Wikee, mas não obteve retorno.
PREVINA-SE
Referências: se você não conhecer a empresas e não tiver referências boas do site, não compre.
Preços: sempre desconfie de preços muito abaixo dos praticados no mercado
Dados obrigatórios: verifique se a loja informa o endereço físico, telefone, CNPJ e e-mail. Teste os canais de comunicação da loja antes da compra
CNPJ: por meio do CNPJ da empresa, verifique no site da Receita (http://bit.ly/Q6dOrX) a situação cadastral dela. Se estiver “baixada”, “cancelada” ou “inativa”, desista da compra.
Endereço: confirme se as páginas que exigem dados pessoais para a compra iniciam por https:// e se o cadeado está ativado (ícone amarelo numa extremidade da página)
Documentos: salve ou imprima todos os passos da compra, inclusive e-mails de confirmação.
Extraído: Portal do Consumidor/notícia - Fonte: O Globo

3 de junho de 2015

COM A CRISE BRASILEIRA CONSUMIDOR VOLTA A COMPRAR MARCAS MAIS BARATAS

Desde o começo do ano, com a economia caindo em recessão e o desemprego voltando a subir depois de uma queda recorde em anos recentes, número sem precedentes de consumidores urbanos vem mudando seus hábitos de consumo

Quer se trate de um shampoo caro ou de um chocolate fino, um par de óculos de sol de grife ou o mais recente smartphone, a nova classe de consumidor brasileiro que emergiu na década passada adora produtos de qualidade. Mas nos dois últimos anos, o apego do país a esses produtos vem sendo desgastado pela realidade econômica.
As famílias brasileiras estão encontrando crescente dificuldade para manter suas dívidas em dia e, como resultado, o fenômeno que o setor de bens de consumo às vezes designa como "opção pelo premium" está sofrendo pressão incessante.
Uma nova pesquisa do Latam Confidencial (LC), serviço de pesquisa do "Financial Times", oferece uma boa indicação quanto às dimensões da queda.
O levantamento, realizado por meio de 6.500 entrevistas conduzidas entre 27 de fevereiro e 23 de março no Brasil e outros cinco países da América Latina, mostra que nas quatro categorias de produtos pesquisadas – roupas, comida, produtos de cuidados pessoais e eletrônicos–, mais brasileiros optaram por produtos mais baratos e de menor qualidade, em comparação com o resultado do trimestre precedente.
Por exemplo, 698 dos 1.500 brasileiros entrevistados disseram que a qualidade era o fator mais importante na compra de produtos de cuidados pessoais em março, ante 785 em dezembro. Em contraste, o número de entrevistados que optaram pelo preço como fator dominante subiu de 373 a 462.
Não surpreende que a tendência tenha beneficiado marcas mais econômicas, como as lâminas de barbear fabricadas pela francesa Bic ou o creme dental comum da Colgate, e que os produtos premium tenham perdido terreno.
A pesquisa de marcas da Latam Confidential no Brasil (baseada na mesma amostra) também mostrou declínio na preferência por marcas premium para 13 dos 14 produtos incluídos no levantamento; a exceção é o chocolate, no qual algumas pequenas companhias locais fizeram grandes investimentos. Considerações como saúde, dieta ou conveniência continuam a ser importantes apenas para uma minoria dos brasileiros.
A tendência latino-americana mais ampla é complexa, no entanto. Há outras economias regionais em desaceleração (o crescimento da região deve ser de em média 0,8% este ano, ante 1% em 2014 e 2,7% em 2013), e as vendas do varejo estão sob pressão em toda a região.
Mas ainda que existam amplas variações entre os países, os indícios da pesquisa da LC sugerem que a tendência de preferência por produtos premium está em geral intacta, se considerada em longo prazo.
O México serve como exemplo. Ainda que as vendas do varejo tenham crescido apenas modestamente nos 12 meses passados (com a recuperação apenas gradual da economia), a pesquisa da LC aponta que mais mexicanos optaram pela qualidade, em suas compras de produtos pessoais, do que havia sido o caso seis meses antes.
Nos cuidados pessoais, por exemplo, 407 dos mil entrevistados priorizaram a qualidade em março, ante 363 em setembro de 2014; nas roupas, 416 dos entrevistados priorizavam a qualidade, ante 380 seis meses antes. Em alguns segmentos – comida e eletrônicos–, a preferência pela qualidade continua mais alta no Brasil do que nos demais países, a despeito dos declínios recentes. 
Extraído: S.O.S Consumidor/notícia - Fonte: Folha Online

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