Para saber quanto a
família precisará para se manter,
deve-se calcular os custos de manutenção (escola, gastos pessoais,
plano de saúde etc) de cada membro até que consiga se manter sozinho,
além dos gastos da casa e dívidas
A maioria das pessoas se atenta para fazer um
seguro de vida depois dos 45 anos, quando a saúde começa a ficar mais frágil e
vislumbram a aposentadoria. A necessidade de seguro, porém, é maior no início
da carreira, quando os segurados estão na casa dos 30 anos, ainda têm filhos
pequenos, estão comprando a casa própria e têm mais dívida do que uma poupança
acumulada.
Com 60 anos, os filhos formados não precisarão de
dinheiro para educação, mas o cônjuge talvez não consiga manter a casa sozinho.
Para os jovens, no entanto, o valor das apólices é
bem menor. Para receber R$ 100 mil em caso de morte (ou invalidez) de uma
pessoa de 30 anos, o custo do seguro gira em torno de R$ 30 mensais, dependendo
da seguradora. A partir de 45 anos, os pagamentos são quase o dobro e, para 55,
podem triplicar.
É a mesma conta feita pelas seguradoras quando cai
um avião e precisam indenizar as famílias das vítimas.
Por exemplo, cada filho deveria receber uma
poupança suficiente para pagar as mensalidades escolares (e depois a
faculdade), mais os gastos pessoais, até 24 anos quando, em tese, teria
condições de entrar no mercado de trabalho (veja simulações).
O raciocínio vale também para o cônjuge, caso não
trabalhe ou seu salário seja insuficiente para bancar, sozinho, as despesas da
casa.
Nesse caso, o valor deixado pelo segurado pode ser
combinado com o da pensão do INSS, que o cônjuge terá direito, hoje limitado ao
teto de R$ 4.663,75. Desde junho, no entanto, só tem direito à pensão vitalícia
o cônjuge com idade a partir de 44 anos. Entre 30 e 40 anos, a pensão será de
15 anos. De 41 a 43 anos, sobe para 20 anos. Viúvos com até 21 anos de idade só
terão direito a pensão por três anos, período que o governo considerou ser
suficiente para a pessoa voltar ao mercado de trabalho.
"O tempo para uma família se recompor
financeiramente após a morte de um membro varia. Três anos é o mínimo para uma
pessoa se preparar, por exemplo, para encontrar um trabalho. Vale para o viúvo
e também para um filho", disse Fabiano Lima, da SulAmérica Seguros.
DÍVIDAS
Para as dívidas, o melhor é ter um seguro
específico. É o caso do financiamento imobiliário, que costuma ser aprovado com
um seguro para quitar o débito em caso de morte dos compradores.
Vale lembrar que esse seguro só cobre a parte da
dívida do cônjuge que morreu. Quando um casal compra um imóvel sem especificar
a parte com que cada um contribui, o seguro assumirá que se trata de 50% e só
cobrirá a metade do débito. Nesse caso, o viúvo continuará tendo de pagar a
outra metade. Se apenas o cônjuge que morreu contribuía com a dívida, ela será
saldada integralmente.
"A pessoa não precisa ter um seguro que cubra
todos os gastos da família. Pode combinar um seguro para o financiamento
imobiliário, uma previdência para gerar renda, e outro para o estudo dos
filhos", disse Marcus Marinho, gerente da seguradora Mongeral Aegon.
Extraído: S.O.S
Consumidor/notícia - Fonte: Folha Online
– Por: Julia Borba
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