A taxa média de juros no crédito ao consumo
voltou a subir em outubro e alcançou 44% ao ano, segundo o Banco Central. Esse
é o maior percentual na série histórica da instituição, que teve
início em março de 2011
Em relação a setembro, os juros subiram 1,2
ponto percentual –0,3 ponto percentual de alta por causa do aumento no custo do
dinheiro para os bancos e 0,9 ponto percentual referente ao "spread"
bancário (parcela que inclui o lucro e custos das instituições, por exemplo).
Entre as principais linhas, destacou-se a
alta do cheque especial, para 187,8% ao ano.
INADIMPLÊNCIA
A inadimplência para a pessoa física no
crédito livre caiu de 6,6% para 6,4% no mês passado.
O estoque total de crédito do sistema
financeiro alcançou R$ 2,9 trilhões em outubro, com expansão de 0,8% no mês e
12,2% em 12 meses. Em setembro, as altas foram de, respectivamente, 1,3% e
11,7%.
A relação crédito/PIB passou de 57,2% para
57,3% entre setembro e outubro.
SELIC
Em sua última reunião, no dia 29 de
outubro, o Banco Central surpreendeu e elevou a taxa básica de juros da economia,
a Selic, de 11% para 11,25% ao ano. A taxa estava em 11% desde abril.
A alta do dólar e a piora nas contas
públicas foram os motivos que levaram cinco dos oitos integrantes do Copom
(Comitê de Política Monetária), incluindo o seu presidente Alexandre Tombini, a
decidir elevar a chamada taxa Selic -três diretores votaram pela manutenção do
juro.
As apostas no mercado eram de manutenção de juros neste momento, com possibilidade de alta a partir de dezembro deste ano.
As apostas no mercado eram de manutenção de juros neste momento, com possibilidade de alta a partir de dezembro deste ano.
O aperto monetário, três dias após a
reeleição de Dilma Rousseff, foi visto no mercado como uma tentativa de
reconquistar a credibilidade da política de combate à inflação.
No comunicado da decisão, o Copom informou
que "a intensificação dos ajustes de preços relativos na economia tornou o
balanço de riscos para a inflação menos favorável". Os "preços
relativos" que vinham sendo citados pelo BC como responsáveis pela
inflação recente eram as tarifas e o câmbio.
"À vista disso, o Comitê considerou
oportuno ajustar as condições monetárias de modo a garantir, a um custo menor,
a prevalência de um cenário mais benigno para a inflação em 2015 e 2016",
disse o Copom.
INFLAÇÃO
Em outubro, a inflação oficial do país ficou
em 0,42% e desacelerou em relação a setembro, quando foi de 0,57%, divulgou na
manhã desta sexta-feira (7) o IBGE. A taxa foi a menor para um mês de outubro
desde 2009 (0,28%).
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor
Amplo) ficou abaixo da média das estimativas dos analistas consultados pela
agência Bloomberg, de 0,48%.
No entanto, no acumulado em 12 meses até
outubro, o IPCA registrou taxa de 6,59% e voltou a superar o teto da meta
estabelecida pelo governo, de 6,5%.
Extraído: S.O.S
Consumidor/Notícias - Fonte: Folha Online/Anatel – Por: Eduardo Cucolo