Cinco Estados brasileiros são
contrários à recriação da CPMF, o chamado imposto do cheque. São os Estados do
Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Paraná e
Santa Catarina
Em reunião do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) realizada
em 18/02/2016, representantes das secretarias de Fazenda de todo o país
discutiram esse e outros assuntos com impacto nas finanças dos Estados.
"Acreditamos que o governo precisa trabalhar em reformas
estruturantes, de longevidade", defendeu o secretário de Fazenda do Mato
Grosso, Paulo Brustolin. Os outros quatro Estados contrários são: Goiás, São
Paulo, Paraná e Santa Catarina.
A equipe econômica da presidente Dilma conta com a retomada do imposto
para reforçar o seu caixa, num ano de retração econômica certa e queda nas
receitas. "O governo terá de trabalhar muito no diálogo para conseguir a
aprovação dessa medida", disse Brustolin.
Renato Villela, secretário da Fazenda de São Paulo, afirmou ser contrário
à volta do imposto, mas que, se retomado, deverá ser distribuído também entre
os Estados, proporcionalmente aos gastos de cada ente com previdência.
DÍVIDA
Outro assunto na pauta dos secretários é a do alongamento da dívida dos
Estados e municípios. Um grupo de trabalho composto por cinco secretários – de
Goiás, São Paulo, Alagoas, Paraná e Roraima– vai se reunir com representantes
do Ministério da Fazenda para costurar a proposta. A primeira reunião será na
próxima semana.
Está na mesa a proposta de alongar em dez anos o prazo de pagamento das
dívidas com a União, para aliviar o caixa de Estados e municípios, que, no
geral, estão com sérios problemas de endividamento.
Em contrapartida, o governo federal deverá exigir leis estaduais de
controle mais rígido de gastos.
Segundo Villela, a medida deve ter um impacto negativo no resultado
primário do governo central – diferença entre receitas e despesas não
financeiras–, pois esses repasses para a União contam para formar a poupança do
governo para abater os custos da dívida pública.
Villela defende também que a União deve se comprometer em segurar o
aumento de gastos com custeio, como pagamento de funcionários públicos.
FUNDO DE EXPORTAÇÃO
Os secretários também reclamam do atraso no repasse da União de recursos
do Fundo de Exportação.
Os Estados estão à espera de R$ 1,9 bilhão referentes ao fundo. Só o
Mato Grosso, maior exportador de soja do país, espera o repasse de R$ 450
milhões.
Extraído: endividado.com.br/noticia - Fonte: Folha Online
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