O
MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios)
instaurou inquérito para apurar se a Vivo utiliza informações dos usuários
para comercializar publicidade
O inquérito civil
público considera que os interessados na investigação são os 73 milhões de
usuários da operadora no Brasil.
O serviço que será
investigado pelo MPDFT é chamado de Vivo Ads, uma plataforma de marketing
mobile da Vivo.
Segundo o pedido de
abertura do inquérito feito pelos promotores Frederico Ceroy e Paulo
Binicheskey, a Vivo usa dados dos clientes, como perfil, localização,
comportamento de navegação para vender publicidade.
Os promotores usam
como exemplo a possibilidade da empresa usar dados de localização de um
consumidor submetido a tratamento médico. O mapeamento da circulação em
clínicas e hospitais podem, segundo os promotores, serem usadas de maneira
imprópria para venda do espaço publicitário.
O inquérito destaca
que o serviço Vivo Ads não permite que os clientes se oponham ao uso de
seus dados pessoais para fins de publicidade. Segundo Ministério Público, usuários não podem se opor ao uso de
dados pela operadora.
ESCÂNDALO
O Facebook é
acusado de ter permitido à consultoria Cambridge Analytica usar os dados dos
usuários
para favorecer a candidatura de Donald Trump para a presidência dos EUA.
Os mesmos
promotores do inquérito que investiga a Vivo instauraram
inquérito em 21 de março para apurar se a Cambridge Analytica fez uso dos dados
dos usuários brasileiros da rede social.
Os promotores
ressaltam, contudo, que a telefonia móvel no Brasil é uma concessão de serviço
público, o que não ocorre com o Facebook.
O inquérito pode,
segundo o MPDFT, resultar em uma ação civil coletiva de responsabilidade por
danos aos usuários.
OUTRO LADO
A Vivo informou, em
nota, que cumpre a legislação vigente e que não promove qualquer uso ilegal de
dados pessoais de seus clientes.
“A Vivo assegura
que as informações de seus clientes não são, em hipótese alguma, transferidas
ou compartilhadas com anunciantes. A Vivo Ads é uma plataforma de mídia, na
qual o cliente interage com publicidade apresentada pela própria operadora e,
muitas vezes, ganha benefícios como pacotes de internet móvel ou descontos em
produtos e serviços”, diz trecho da nota.
A empresa informa
que a autorização do usuário é concedida quando o cliente assina o termo de
adesão do serviço móvel. “A qualquer momento o cliente pode cancelá-la em
canais de atendimento da Vivo. O centro de privacidade da empresa também contém
orientações sobre o tema”, afirma.
Extraído de:
sosconsumidor.com.br - Fonte: Folha Online – Por: Daniel
Camargos
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