30 de outubro de 2018

PROCON TERÁ LISTA DE MELHORES EMPRESAS PARA NEGOCIAR DÍVIDA

Os endividados que buscam ajuda do Procon-SP estão devendo para cerca de 3 credores. O valor médio da dívida gira em torno de 30 mi reais segundo a Veja

O Procon-SP começará a disponibilizar um ranking das melhores empresas para renegociar dívidas. A avaliação será realizada a partir do nível de comprometimento dos credores no Programa de Apoio ao Superendividado (PAS), criado pelo órgão em 2012.
A lista será divulgada mensalmente a partir de fevereiro de 2019. Atualmente, o PAS cria uma ponte entre devedor e empresa – além de orientar o consumidor, o órgão também consegue negociar melhores condições de pagamento.
“Com o ranking, se um credor é mal avaliado e o concorrente consegue uma nota satisfatória, ele vai se empenhar mais e oferecer opções melhores”, afirmou o coordenador do Núcleo de Tratamento do Superendividamento, Diógenes Donizete. 
Segundo ele, durante o processo de renegociação, o Procon-SP realiza diversas reuniões com os credores. “Procuramos dizer que nossos endividados são um grupo seleto. A maioria das empresas apresenta propostas melhores do que se o consumidor tivesse ido diretamente ao banco”.
Antes de participar do programa, o consumidor precisa comprovar que tem renda suficiente para equilibrar suas despesas pessoais e parcelas de uma possível renegociação. Ele também recebe orientação para conseguir readequar orçamento e cortar gastos.
Os brasileiros costumam procurar o órgão quando a dívida gira em torno de 30.000 reais. São, em média, três credores. De acordo com Donizete, 60% das pessoas que procuram o PAS conseguem renegociar os débitos.
“Algumas pessoas estão superendividadas, com a renda comprometida. Nesse caso, orientamos o consumidor e ele pode voltar a nos procurar quando a situação financeira melhorar”, diz o coordenador. “Não adianta se desesperar e fazer acordos só para não ter o nome negativado. Desespero e insônia não pagam dívidas”.
Ele conta que em seis anos, o programa atendeu 18.000 famílias. “Na época, queríamos solucionar uma demanda: muitos consumidores começavam a nos procuravam por causa da inadimplência”.
Em todo o país, são mais de 62 milhões de brasileiros com contas em atraso. Os dados são da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e foram divulgados em setembro.
Com o ranking, o Procon-SP será capaz de avaliar o comportamento de 40 empresas durante as fases do PAS, que incluem o atendimento e as condições oferecidas para o pagamento.
Os bancos são os maiores credores identificados no programa do Procon-SP: 19,39% dos endividados estão devendo para o Itaú. Na sequência aparecem Bradesco (15,57%), Banco do Brasil (10,25%), Santander (9,88%) e Caixa Econômica Federal (9,34%).
Como funciona o PAS?
Apenas moradores do estado de São Paulo podem participar. Isso porque o programa é encabeçado pelo Procon regional.
Para inscrever-se, o consumidor preenche um formulário no site do Procon-SP. Será necessário comprovar renda familiar e a situação de superendividado – constatada por especialistas do órgão que realizam análise com base nas informações prestadas e nos documentos apresentados.
Caso o cadastro seja aprovado, um especialista do Procon-SP entra em contato com o consumidor para o agendamento de uma entrevista e de sua participação na palestra Dívidas & Dúvidas.
Com o fim do curso, dá-se início ao processo de renegociação da dívida. O Procon-SP entra em contato com o credor por e-mail. A empresa deve realizar uma proposta e encaminhá-la ao consumidor. Se as condições forem aceitas, a formalização do contrato pode ocorrer por telefone, e-mail ou presencialmente.
Em alguns casos, diz o Procon-SP, será necessário o agendamento de uma audiência de conciliação. Quando não há acordo, os endividados recebem outra orientação – a partir daí, ele pode buscar a Defensoria Pública, o Juizado Especial Cível ou ainda a Justiça Comum.
Extraído de: Microsoft Notícias - Fonte: veja.abril.com.br

20 de outubro de 2018

MCDONALD’S, EDITORA GLOBO E COURO FINO SÃO MULTADOS POR PUBLICIDADE INFANTIL ABUSIVA

O DPDC, Órgão do Ministério da Justiça considerou abusivos shows do Ronald McDonald em escolas e aplicou multa de R$ 6 milhões

A rede de fast-food McDonald’s, a editora Globo e a empresa de roupas Couro Fino foram multadas por publicidade abusiva direcionada ao público infantil. Os valores foram definidos pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), órgão do Ministério da Justiça, os quais totalizam mais de R$ 8 milhões.
O DPDC considerou que o McDonald’s praticou publicidade abusiva quando realizou shows do palhaço Ronald McDonald’s em escolas. De acordo com o departamento, os shows do palhaço eram também pretexto para a publicidade da marca, configurando prática abusiva vedada no mercado e nas relações de consumo. A empresa deve pagar R$ 6 milhões de multa.
Já a editora Globo, por meio da revista Vogue Kids, veiculou editorial denominado "Sombra e Água Fresca", na edição de setembro de 2014. O DPDC verificou que a propaganda trazia crianças em posições sensuais, com conotação sexual, e concluiu que as crianças ficaram expostas a apelos inadequados a sua faixa etária. A multa que a editora terá de pagar será de R$ 2,1 milhões.
A empresa de roupas e acessórios Couro Fino também deve pagar multa por motivo semelhante. O departamento analisou a campanha publicitária do dia das crianças de 2013, que apresentava crianças trajando pertences de uma mulher e realizando poses sensuais. Para o departamento, há publicidade abusiva uma vez que a infância foi adultizada e erotizada, de forma a violar preceitos do CDC, da CF e do ECA. A Couro Fino pagará R$ 225 mil de multa.
Agora, as empresas terão 30 dias para o pagamento da multa, ou apresentação de recurso.
Extraído de: sosconsumidor.com.br - Fonte: migalhas.com.br

14 de outubro de 2018

HACKERS ENVIAM CARTAS FALSAS PELO CORREIO PARA APLICAR GOLPES NA INTERNET

Especialistas apontam para o aumento de crime conhecido como phishing offline ou físico

Phishing é um velho método de fisgar pessoas na internet e induzi-las a clicar em links de sites que instalam vírus em seus computadores e celulares. A novidade do cibercrime é que as tentativas, agora, também são offline: os hackers estão usando papel.
Fraudadores mandam cartas ou bilhetes físicos com propagandas, convites ou contas falsas a pagar, e sugerem que a vítima escreva o endereço eletrônico na internet para receber um benefício.
Ao entrar no site falso, ela cai na armadilha e instala um programa malicioso em sua máquina, como em qualquer outro golpe digital.
Esse software dá acesso remoto ao cibercriminoso, que pode roubar seus dados pessoais, acessar documentos ou cometer qualquer crime de falsidade ideológica.
O El Pescador, braço da empresa de inteligência cibernética Tempest, presta serviços de conscientização sobre phishing a clientes. Parte do trabalho é simular ataques, como se fossem hackers comuns. 
Rafael Silva, presidente do El Pescador, diz que a demanda por simulações de ataques físicos cresceu no último ano nas empresas, justamente porque esse tipo de ataque ficou mais frequente. 
Embora o mercado de segurança não tenha números sobre ofensivas de hackers com a utilização de papel, especialistas dizem que é um tipo de engenharia social –método clássico em que o atacante usa artifícios psicológicos para manipular a vítima e obter informações.
Segundo recente pesquisa da IBM, cerca de um terço dos ciberataques hoje começam desse modo.
Uma maneira de usar engenharia social é pelo telefone. O criminoso liga para um funcionário, se faz passar por um colega ou pelo chefe, e pede o acesso à rede corporativa. 
“Eles exploram muito as relações de confiança. Nos nossos testes, fazemos isso como os atacantes. Criamos um convite de confraternização da empresa ou dizemos que a pessoa foi selecionada para algum programa interno", diz Silva.
O apelo emocional é uma das chaves para o êxito desse crime.
Quando o foco é na pessoa física, os golpistas usam uma marca que a pessoa seja cliente e enviam mensagens como "resgate seus pontos" ou "você foi sorteado" e um link encurtado para que ela digite em seu navegador. 
Nos testes do El Pescador, 90% dos funcionários são fisgados, diz o especialista. A empresa trabalha com grandes bancos, hospitais e varejo.
André Carreto, especialista em segurança da Symantec, diz que o phishing físico é custoso, demanda muita engenharia social e costuma ser bem direcionado.
“Quando o foco é a pessoa física, a ideia é o retorno financeiro. Quando é a empresa, o foco é o acesso a informações sensíveis”, diz.
Outros golpes 
Além de convites e cupons falsos enviados pelo correio, especialistas apontam para o aumento da manipulação de contas de telefone, internet e TV por assinatura.
Nesse caso, não é preciso digitar nada no computador ou celular, apenas pagar um boleto falso. O dinheiro vai direto para a conta do criminoso.
Exemplo desse golpe é o boleto de conta do Santander fraudada; cidadãos devem ficar atentos a cobranças inesperadas – Veja reprodução do boleto no início dessa publicação.
“É um golpe capcioso porque se a conta for de baixo valor, não vale a pena; se for um pagamento alto, como uma mensalidade escolar, a vítima desconfia. Então, é comum que o golpe seja destinado a TVs por assinatura e telefone, que costumam ter preços intermediários”, diz Carreto.
Para Thiago Lima, engenheiro sistemas da A10 Networks, os hackers evoluíram no estudo de suas vítimas antes de aplicarem golpes. Até QR Code, ele diz, tem sido usado para obter informações, embora esse golpe não seja comum no Brasil. 
“Hoje é simples e gratuito entrar em um site e gerar um QR Code. Depois, é preciso imprimir e colar por cima de algum QR Code oficial. Nos Estados Unidos, já aplicaram esse golpe em estacionamento de shopping.” 
Como se proteger?
A boa notícia é que a cartilha para evitar o phishing tradicional, normalmente enviado por email ou WhatsApp, do offline é semelhante: ambos têm mensagens apelativas, às vezes em tons de ameaça.
É indicado desconfiar quando um conteúdo exige a troca de senha ou o pagamento de uma conta com um prazo urgente. Bancos não solicitam tokens ou senhas por telefone e nem por email.
Além disso, é sempre importante verificar se o domínio do site indicado por email tem relação com o endereço (que vem antes da arroba), desconfiar de promoções e sorteios e instalar antivírus no computador e no celular.
Extraído de: sosconsumidor.com.br - Fonte: Folha Online - Por: Paula Soprana

5 de outubro de 2018

CRÉDITO CONSIGNADO COM GARANTIA DO FGTS: REGRAS, REQUISITOS E RESTRIÇÕES

Em vigor desde o último dia 26/09/2018 nova modalidade pode beneficiar cerca de 37 milhões de brasileiros e está disponível em todas as agências da Caixa

O uso do FGTS como garantia para o crédito consignado proporciona juros mais baixos para quem pede o empréstimo, já que os recursos da conta do trabalhador no fundo cobrirão eventuais calotes.
Desde a semana passada, os trabalhadores da iniciativa privada já podem contar com uma nova opção de crédito: o empréstimo consignado com uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia. Com a novidade, cerca de 37 milhões de brasileiros que trabalham com carteira assinada podem ser beneficiados.
A possibilidade de usar o FGTS como garantia para os empréstimos, porém, não é novidade. A lei nº 13.313 de 2016 já previa essa opção nas operações de crédito consignado, mas a modalidade acabou não deslanchando porque a falta de regulamentação não dava segurança para os bancos – que só eram informados sobre o saldo do fundo de garantia do trabalhador no caso de um eventual desligamento da empresa.
Para resolver este problema, a Caixa informou, em nota, que disponibilizou a todos os bancos um sistema que permite o envio e recebimento de informações sobre os créditos consignados. Desta forma, as instituições financeiras poderão reservar os valores da conta do FGTS vinculada ao trabalhador como garantia no contrato de empréstimo sem que isso as prejudique de alguma maneira no futuro.
Regras e Requisitos
A modalidade que usa o FGTS como garantia segue a mesma análise de risco de crédito que as demais operações de empréstimo, então até mesmo as pessoas com restrições no CPF podem solicitá-la.
A nova modalidade de empréstimo pode ser solicitada em qualquer agência da Caixa. Segundo estabelece a lei, os juros não poderão ultrapassar 3,5% ao mês, percentual até 50% menor do que o praticado em outras operações de crédito do mercado, e o prazo de pagamento será de até 48 meses.
De acordo com a assessoria de imprensa da Caixa, as pessoas interessadas em solicitar o consignado pelo banco público devem preencher os seguintes requisitos:
- Trabalhar em uma empresa com convênio de consignado ativo com a Caixa;
- Margem consignável de até 30% do salário disponível para que a parcela do empréstimo seja descontada em folha de pagamento;
- Vínculo empregatício de, no mínimo, 12 meses junto à empresa do setor privado em que trabalha;
- Salário depositado em conta corrente da Caixa;
- Saldo do FGTS compatível com o valor do empréstimo desejado.
Para pedir o empréstimo, o trabalhador deve apresentar um documento de identificação pessoal com foto (como RG ou CNH, por exemplo), comprovante de renda e de residência e o número do PIS. A modalidade segue a mesma análise de risco de crédito que as demais operações de empréstimo, então até mesmo as pessoas com restrições no CPF podem solicitá-la.
Na Caixa, ainda segundo sua assessoria, as taxas de juros para a linha de crédito partem de 2,63% ao mês e respeitam o limite de 3,5% mensais previsto em lei. Os valores do empréstimo variam de cliente para cliente, mas são limitados à quantia disponível na conta do FGTS e à margem consignável, que pode ser retida pelo banco se o trabalhador perder o vínculo com a empresa.
Na prática, isso significa que cada pessoa só poderá tomar emprestado o equivalente à 10% do saldo de seu FGTS mais o valor integral da rescisão prevista em seu contrato de trabalho em caso de demissão. Se o trabalhador tem R$ 10 mil depositados em seu fundo de garantia, por exemplo, e sua multa rescisória é de R$ 20 mil, poderá consignar até R$ 21 mil pela Caixa.
Extraído de: sosconsumidor.com.br - Fonte: economia.ig - Por: Fábio Rodrigues Pozzebom

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