Já está liberada
a comercialização de novos chips das operadoras de telefone celular que tiveram as vendas suspensas. As
operadoras apresentaram planos de investimentos imediatos de cerca de 4 bilhões
para a melhoria da qualidade dos serviços oferecidos ao consumidor
A Anatel - Agência
Nacional de Telecomunicações anunciou a liberação das vendas das operadoras:
TIM, Claro e Oi, após as operadoras terem elevado em cerca de R$ 4 bilhões sua
projeção de investimentos em qualidade para os próximos dois anos.
Consumidores de
todos os Estados não encontrarão mais restrições para comprar chips das
operadoras que haviam sido suspensas. A punição vigorou apenas durante 11 dias.
As teles
pressionavam pela rápida liberação das vendas por causa do Dia dos Pais, uma
das datas mais importantes para o comércio.
Segundo o
presidente da Anatel, João Rezende, as teles devem investir R$ 20 bilhões nos
próximos dois anos, dos quais cerca de R$ 4 bilhões serão imediatos, decorrentes
da suspensão.
Os recursos serão
direcionados a novos investimentos e à antecipação de projetos já previstos.
Também haverá remanejamento de verba.
A punição tinha
como base um índice de qualidade criado pela própria agência. O indicador levou
em conta critérios como números de reclamações registradas na Anatel, em
relação ao número de clientes da operadora.
Foram
contabilizadas as reclamações referentes às chamadas em curso que são
interrompidas e a ligações que não chegam a ser completadas. Segundo a Anatel,
também foram levados em conta indicadores de desempenho das operadoras.
Em cada Estado,
foi suspensa a empresa com a pior classificação, o que levou a distorções: em
alguns Estados, as operadoras punidas tinham nível de reclamações mais baixo que
as empresas mais bem colocadas de outras unidades federativas.
Rezende afirmou
que a Anatel vai "trabalhar diariamente para acompanhar as melhorias"
nas empresas, mas disse que alguns serviços podem demorar meses para apresentar
progresso.
"Temos que ter consciência de que o
serviço não vai melhorar amanhã." Ele espera melhora no atendimento ao
consumidor em 30 dias, mas diz que ganhos na infraestrutura levarão de quatro a
seis meses.
De acordo com
Bruno Ramos, superintendente de serviços privados da Anatel, as metas para cada
Estado estarão no site da agência. Se alguma operadora não cumprir as metas,
poderá voltar a ter a venda suspensa.
O SindiTelebrasil
(associação que representa as teles) saudou a liberação, mas ressaltou que é
preciso reduzir a burocracia para a instalação de antenas a fim de agilizar a
melhora da infraestrutura.
DESAFIOS
Para o presidente
do Sinagências (Sindicato dos Funcionários de Agências de Regulação), João
Maria Medeiros, a Anatel terá dificuldade em fiscalizar os planos.
Segundo ele,
todos os servidores responsáveis pelo serviço participam da greve das agências
reguladoras, o que significa que não haverá pessoal para acompanhar a retomada
das vendas.
A Anatel nega que
todos os fiscais estejam participando do movimento e defende que a greve não
influenciará nos trabalhos. (Julia Borba)
Extraído de: Idec/Notícias - Fonte: Folha de São Paulo
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