Isso ocorreu porque a regra da remuneração da poupança é fixa e não acompanha os índices inflacionários
Com a inflação em alta para
mais um ano acima de 6%, a poupança tem sofrido para repor o poder de compra de
suas aplicações. No acumulado até novembro de 2014, o rendimento da caderneta de poupança estava
em 6,43%, ante uma inflação de 5,58% - um ganho real de apenas 0,81% nos últimos
12 meses. Veja o comparativo do rendimento da poupança em relação a outras aplicações, no quadro abaixo elaborado pela Editoria
de Arte/Folhapress.
"Ela está praticamente empatando com
a inflação, ou seja, o dinheiro parado lá mal tem conseguido manter seu valor
de um ano para o outro", afirma Paulo Dutra, coordenador do curso de
economia da Faap.
A poupança, porém, não deve ser de todo
descartada. É uma aplicação ideal para formar reserva de emergência, diz o
professor. "A vantagem é a liquidez. A cada 30 dias você retira o valor
com juros acumulados."
Além disso, a caderneta tem garantia do FGC
(Fundo Garantidor de Créditos) para valores até R$ 250 mil em caso de quebra da
instituição financeira.
REGRAS
A rentabilidade da poupança caiu mais nos
últimos anos após as novas regras instituídas pelo Banco Central em maio de
2012.
Para depósitos feitos a partir de 4 de maio
de 2012, a poupança rende 0,5% ao mês (ou 6,17% ao ano) mais a TR (Taxa
Referencial) sempre que a taxa Selic for maior que 8,5% ao ano.
Mas, se a Selic estiver em até 8,5% ao ano,
a caderneta paga 70% do juro básico mais a TR. Depósitos feitos até 3 de maio
de 2012 sempre rendem 0,5% ao mês mais a TR, independentemente do valor da
Selic.
Quando a regra foi instituída, o país vivia
um ciclo de queda da taxa básica de juros, que estava em 9% à época e caiu para
7,25% em outubro daquele ano.
Em 2013, por exemplo, a remuneração da
poupança com depósitos até 3 de maio de 2012 foi de 6,37%, enquanto a poupança
"nova" rendeu 5,81%.
Extraído:
S.O.S.Consumidor/Notícias – Fonte: Folha
Online
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