Quedas no preço internacional
do petróleo e impactos da pandemia do novo coronavírus levam a redução nos preços dos combustíveis. No acumulado do ano preço da gasolina caiu 48,2% e o diesel 35,4%
Com os preços do petróleo atingindo níveis do início dos anos 2000, a
Petrobras anunciou na quarta (18-03), o segundo corte nos preços da gasolina e
do diesel em uma semana. A partir desta terça (14-04), o preço da gasolina e do
diesel foi reduzido novamente, no acumulado do ano, o preço da gasolina já caiu
48,2% e o do diesel, em 35,4%.
São os maiores cortes
pelo menos desde o início da vigência da política de preços atual, respondendo
ao tombo das cotações internacionais em meio à pandemia do novo coronavírus. Na quarta (18-03), o
petróleo Brent, negociado em Londres, chegou a cair para a casa dos US$ 27
(cerca de R$ 150) por barril, o mais baixo desde 2003.
Com os novos cortes, a
gasolina sairá das refinarias da Petrobras, em média, a R$ 1,3481 por litro,
segundo dados compilados pelo CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura). É o
menor valor nominal desde agosto de 2017. Já o diesel custará R$ 1,6634 por
litro, o valor mais baixo desde outubro de 2017.
É o sétimo corte nos
preços dos combustíveis em 2020 - a gasolina chegou a ter um reajuste positivo
em meio à série de reduções. No ano, o preço da gasolina nas refinarias acumula
queda de 30%. Já o diesel caiu 29%.
A redução, porém, não tem
chegado às bombas. De acordo com dados da ANP, o preço médio da gasolina nos
postos brasileiros caiu 0,9% desde o início do ano, de R$ 4,555 na última
semana de dezembro para R$ 4,515 na semana passada.
A queda acumulada no
preço do diesel é um pouco maior, de 3,5%. Entre o fim de 2019 e a semana
passada o preço médio do combustível nos postos passou de R$ 3,751 para R$
3,618 por litro.
Os preços dos
combustíveis são livres no país e os repasses ao consumidor dependem de
políticas comerciais de distribuidoras e postos, além da variação do ICMS, o
imposto estadual. Segundo a Petrobras, o preço das refinarias representa 27% do
preço final; o do diesel representa 46%.
Em fevereiro, o
presidente acusou os estados a dificultarem a
queda dos preços ao não reduzir o ICMS cobrado sobre os produtos.
O imposto estadual é
cobrado sobre um preço de referência definido pelos estados a cada 15 dias com
base em pesquisas nas bombas, modelo que retarda os repasses ao consumidor.
Nesse sistema, o valor do
ICMS, que representa 30% do preço final da gasolina, só é reduzido depois que
os postos começam a baixar preços.
Na primeira quinzena de
março, após cinco cortes de preços nas refinarias, apenas oito estados e o
Distrito Federal cobravam ICMS sobre preços de referência menores do que os
vigentes no início do ano.
São eles: Amapá, Espírito
Santo, Goiás, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte, Roraima e Rio Grande do
Sul. A maior queda foi promovida no Amapá (2,60%), seguido por Roraima (2,51%)
e Maranhão (2,27%).
Em São Paulo, o valor de
referência da primeira semana de março (R$ 4,382 por litro) é 1,69% superior ao
do início do ano.
Extraído: sosconsumidor.com.br/noticias - Fontes: Folha Online e O Dia Online – Por: Nicola
Pamplona - Atualizado em 15/04/2020
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