Procon-SP registrou aumento de 186% nas reclamações sobre golpes aplicados por entregadores de aplicativos de comida
De acordo com o
Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo
(Procon-SP), as reclamações dos consumidores referem-se a valores cobrados indevidamente
pelo entregador do aplicativo (app), e só percebem o golpe após os valores
serem debitados e, apesar de reclamarem com a empresa responsável, não
conseguem recuperar os valores.
Alguns consumidores
afirmaram que receberam uma máquina para fazer o pagamento cujo visor
estava quebrado; outros que foram informados pelo entregador de que deveriam
pagar um valor a mais ("valor da entrega", "taxa de
serviço"); casos em que receberam uma ligação do restaurante informando
sobre a cobrança de uma "taxa de entrega" e pedindo os dados do
cartão; e casos em que o entregador liga dizendo ter sofrido um acidente.
Segundo dados, o aplicativo iFood teve 44 reclamações em 2020 e 80 em 2021, um aumento de 81%; contra o Rappi foram 29 casos ano passado e 105 nesse ano, 262% de aumento; e contra o Uber Eats foram 14 contra 64, 357%.
Fernando Capez, diretor executivo do Procon-SP, afirma que "com a pandemia esses golpes aumentaram muito". "Quem for vítima e for cobrado em valor incorreto deve acionar o Procon-SP. Nós iremos apurar a responsabilidade da empresa e acionar a polícia.
As empresas de
delivery devem responder pelos problemas e ressarcir o consumidor",
explica. A soma dos valores reclamados pelos consumidores no Procon até
junho deste ano já é de quase R$ 500 mil.
Para evitar esse tipo de golpe, o consumidor deve ficar atento ao receber as entregas dos aplicativos de comida. "O consumidor deve procurar fazer o pagamento no momento do pedido, de forma online, evitando pagar na hora da entrega, que é o momento em que o golpe é aplicado.
E lembrar que não existe taxa de entrega
ou outra taxa extra. Qualquer ocorrência diferente deve ser comunicada à
empresa", avisa o diretor.
Também é indicado:
a) Não utilizar máquina
com o visor quebrado ou que não permita a leitura dos dados;
b) Conferir o valor
da compra e, de preferência, pagar somente no aplicativo;
c) Não passar os seus
dados por telefone;
d) Desconfiar caso o
entregador informe que é necessário pagar algum valor extra;
e) Caso tenha alguma
dúvida, deve entrar em contato com o local onde pediu a comida.
Em caso de problema o
consumidor pode registrar reclamação nos Procons de suas cidades, ou
aplicativo. Com informações da assessoria de imprensa do Procon-SP.
Extraído: sosconsumidor.com.br/noticias - Fonte: Consultor Jurídico e Procon-SP
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