O governo vai repassar para o consumidor, ao longo de
cinco anos, a conta do socorro que
foi dado no último dia 07-03-2014 para as distribuidoras de energia elétrica, de R$ 1,2 bilhão
Mais uma vez o
consumidor terá que pagar o “pato”. Agora o consumidor pagará em 5 anos ajuda
de R$ 1,2 bilhões de reais, feito pelo Governo Federal para socorrer as
distribuidoras de energia. Essas empresas estavam com dificuldades de caixa
para bancar o custo extra da energia gerada pelas termelétricas.
A energia está
sendo usada por causa da forte seca que atingiu o país no início do ano e
impediu a recuperação dos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas.
Para suprir a deficiência dessa geração, todas as térmicas, que são mais caras
e poluentes- usam carvão, gás e óleo combustível, tiveram de ser ligadas.
Na última semana,
ao anunciar a medida, o governo não informou de onde sairia o dinheiro, se do
Tesouro ou dos consumidores, e também não informou se haveria como feito no ano
passado, um prazo maior para este pagamento.
"Da mesma
forma como foi feito no ano passado, a antecipação que o Tesouro fez na conta
CDE (Conta de Desenvolvimento Energético, espécie de fundo do setor), é claro,
seria paga em até cinco anos", disse o secretário-executivo do Ministério
de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, nesta quarta-feira.
De acordo com
Zimmermann, "o decreto alterou algumas cláusulas, mas mantém a mesma
característica do decreto do ano passado", quando esse tipo de ajuda às
elétricas também foi dada.
Em 2013 essa conta
ficou perto de R$ 10 bilhões e os repasses, que deveriam começar a recair sobre
as tarifas neste ano, foram segurados pelo governo, para não aumentar o preço
da energia.
Agora, esse
repasse de 2013 irá ocorrer em um prazo menor, entre 2015 e 2018.
O governo ainda não decidiu se continuará prestando socorro a essas empresas ao longo deste ano e quanto vai pagar por mês.
O governo ainda não decidiu se continuará prestando socorro a essas empresas ao longo deste ano e quanto vai pagar por mês.
A previsão de
gasto das distribuidoras apenas em fevereiro deve ficar em R$ 3,7 bilhões.
RISCO
O presidente da
EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim, afirmou nesta
quarta-feira (12) que o governo está "atento" à questão financeira
que vem sobrecarregando as empresas de distribuição de energia e não deixará
"que haja qualquer risco" para essas empresas.
Segundo ele, a
maior necessidade de contratação de usinas térmicas -que vem ocorrendo desde o
fim de 2012 em função da seca prolongada que afeta o país- e de compra de
energia no mercado livre por essas empresas, a um custo mais alto, resultou em
"uma conta grande para ser paga".
"Mas estamos
acompanhando e o governo não deixará que aconteça nada com as
distribuidoras", completou.
TÉRMICAS
O setor elétrico
está preocupado com o calendário de manutenção das usinas termelétricas,
processo que demandará o desligamento temporário de parte dessas geradoras.
Movidas
principalmente a óleo combustível, carvão e gás, as termelétricas têm sido
usadas em larga escala desde o fim de 2012, devido ao baixo nível dos
reservatórios das hidrelétricas– muitas passaram a ficar ligadas praticamente
durante todo o ano.
Estudo feito pela
consultoria do banco Santander mostra que em maio, ao menos 10% das térmicas
terão de passar por manutenção e, em setembro, mais 10% também terão de fazer
revisões.
Com a saída
temporária dessas geradoras do sistema e diante das projeções de volume de
chuvas para as próximas semanas, a avaliação é que os reservatórios das
hidrelétricas podem beirar "níveis problemáticos" em novembro, com
apenas 24% de sua capacidade preenchida, segundo a consultoria.
CHUVAS
O diretor-geral do
ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), Hermes Chipp, afirmou hoje que
simulações feitas pelo órgão são capazes de indicar que o país não corre risco
de ficar sem energia.
"Apenas se
vier um regime de chuvas pior que toda a série histórica", afirmou.
Apesar de a
hidrologia ter registrado, em janeiro e fevereiro, a pior situação dos últimos
80 anos, o governo vem identificando uma melhora ao longo do mês de março.
Extraído: S.O.S
Consumidor/Notícias - Fonte: Folha.com
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