Utilizado
como bandeira eleitoral pela presidente Dilma, o desconto da conta de energia
em 2013 praticamente se anulou com os aumentos deste ano, quando as
distribuidoras repassaram às tarifas o uso mais intenso das térmicas no ano
passado
Em 2013, redução de tributos e renegociação
de contratos antigos de geradoras de energia (como a Eletrobras) a preços mais
baixos, previsto em medida provisória de 2012, resultaram em queda de 15,7% da
tarifa ao consumidor residencial, segundo o IPCA (inflação oficial).
De janeiro a agosto, o reajuste médio nas
principais regiões metropolitanas e capitais do país já atingiu 11,7%.
Faltam ainda aumentos em três importantes
áreas: Porto Alegre, Goiânia e especialmente no Rio de Janeiro, região
metropolitana cujo peso da energia na inflação só perde para o de São Paulo.
A julgar pelos reajustes já autorizados
pela Aneel, economistas estimam altas de 20% a 30%. Se as projeções se
confirmarem, dizem, o desconto de 2013 será zerado.
Somente no Rio, um aumento hipotético de
30% (percentual próximo dos últimos reajustes) geraria um impacto de 0,10 ponto
percentual na inflação de novembro, mês de correção da Light, segunda maior
distribuidora do país. Trata-se de um quarto da inflação de junho (0,40%). Em
julho, o índice foi de 0,01%.
Analistas esperam que o IPCA neste ano
feche pouco abaixo da meta de 6,5%, mas a grande incógnita são os próximos
aumentos da energia.
"Certamente, se os reajustes
mantiverem o nível [dos já concedidos], o custo da energia pode subir até mais
que o percentual de queda de 2013", diz Luiz Roberto Cunha, economista da
PUC-Rio.
Para ele, há um "claro represamento
das tarifas de energia para não estourar a meta de inflação" neste ano.
"O mesmo acontece com o preço da gasolina", que deverá subir no final
desse ano ou no início do ano que vem.
Extraído: S.O.S
Consumidor/Notícias - Fonte: Folha Online
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