O diretor do CBIE (Centro Brasileiro de
Infraestrutura), Adriano Pires, especialista do setor elétrico disse que o risco de haver um
racionamento de energia em todo o país é de 60%.
Editoria de arte/Folhapress
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Disse ele "O setor elétrico está vivendo o pior momento da sua história. Tem uma conta para pagar de R$ 115 bilhões (acumulada de 2012 a 2014), assumida pelo setor, em função dessas tarifas populistas e estamos na beira de um racionamento".
Dupla
crise
Em
algumas regiões do país “de dia falta água e de noite falta luz”. Os sinais de que uma dupla crise de água e
de energia se avizinha vêm do próprio governo.
Nos últimos dias, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, admitiu que o país pode passar por racionamento de energia, a agência responsável pela gestão de recursos hídricos avisou que poderá reduzir a captação de indústrias em São Paulo e o governador do Rio de Janeiro, afirmou que serão as empresas as primeiras penalizadas caso falte água no Estado.
Nos últimos dias, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, admitiu que o país pode passar por racionamento de energia, a agência responsável pela gestão de recursos hídricos avisou que poderá reduzir a captação de indústrias em São Paulo e o governador do Rio de Janeiro, afirmou que serão as empresas as primeiras penalizadas caso falte água no Estado.
Segundo Pires, o governo está
"novamente" apostando na chuva para conseguir resolver a situação.
"É inacreditável um ministro de Minas
e Energia (citando Eduardo Braga) declarar que está esperando o reservatório
chegar a 10%, para decretar um racionamento. Ele está esperando o
blackout", afirmou.
Para o especialista, a presidente Dilma
deveria fazer um pronunciamento em rede nacional de televisão para lançar um
grande programa de eficiência energética e propor a racionalização do consumo
elétrico.
"Pedindo que voluntariamente as
pessoas diminuam seu consumo. Em pouco tempo não vai ter nem energia para
fornecer para a população. Vai ter que ter corte mesmo", completou.
As empresas de São Paulo e Rio de Janeiro,
Estados responsáveis por mais de 40% da economia do país, se preparam para um
ano de produção reduzida e custos elevados diante da dupla crise de
abastecimento à espreita.
Para analistas, a economia será gravemente
impactada se o racionamento vier – seja ele qual for. O banco Credit Suisse
calcula que a restrição de energia tire pelo menos um ponto percentual do PIB
(Produto Interno Bruto) – uma queda de 0,5% viraria uma recessão de 1,5%.
A conta prevê corte de 10% da energia por um ano. Em 2001, o governo impôs redução de 20% por sete meses.
Petrobras
A conta prevê corte de 10% da energia por um ano. Em 2001, o governo impôs redução de 20% por sete meses.
Petrobras
Pires classificou a atual crise vivida pela
Petrobras como uma "tragédia" ignorada pelo governo, que não estaria
tomando as providências necessárias para salvar a empresa.
"O governo é o grande culpado, que
destruiu a Petrobras para fazer política econômica, segurar a inflação. Usando
a empresa para ajudar os partidos e os aliados, para fazer política industrial,
elegendo os amigos do rei", afirmou.
Para ele, a solução para a estatal depende
de uma reformulação completa.
"É preciso trocar a diretoria, o
Conselho de Administração. Imediatamente. Refundar a empresa", argumentou.
"Uma empresa de 400 mil funcionários, vamos combinar que é
ingovernável."
Pires reforçou que não defende a demissão
de funcionários, mas o que chamou de "dar um novo arranjo para a
empresa".
"Esse arranjo de Petrobras como é
hoje, esse gigantismo todo, é ingovernável", disse sem dar mais detalhes.
"Será que esse governo que levou a
Petrobras a essa situação caótica tem competência para tirar a Petrobras do
fundo do buraco? Lamentavelmente eu acho muito difícil."
Extraído: S.O.S Consumidor/Notícias - Fonte: Folha Online
Extraído: S.O.S Consumidor/Notícias - Fonte: Folha Online
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