Banco Central vai administrar novo sistema que funcionará 24 horas todos
os dias; as transferências poderão serão feitas
por meio de smartphones
O
desenvolvimento do sistema de pagamentos instantâneos está avançando. Nesta
semana, o Banco Central (BC) anunciou que será responsável por desenvolver a
base de dados e a administração do sistema.
A
ideia é substituir as transações com dinheiro em espécie ou por meio de
transferências bancárias (TED - Transferência Eletrônica Disponível - e DOC -
Documento de Ordem de Crédito) e débitos por transações entre pessoas.
Segundo
o BC, os pagamentos instantâneos serão feitos em alguns segundos e funcionarão
por 24h todos os dias da semana.
A
decisão de desenvolver o sistema vai permitir que bancos e ntechs (empresas de
tecnologia do setor financeiro) possam dar continuidade à definição de seus
modelos de negócios para o pagamento instantâneo.
Atualmente,
os pagamentos por transferência são feitos por canais bancários e os valores
chegam ao destinatário no mesmo dia, desde que a transferência seja feita em
dias úteis , em horário definido pelos bancos de 6h30 às 17h.
O
custo da transferência é definido pelos bancos para cada operação ou tem o
valor incluído em um pacote de serviços. Com o sistema de pagamentos
instantâneos, a expectativa do Banco Central é que haja redução desses custos
para os clientes.
Segundo
o BC, também haverá redução de custos para empresas que recebem as
transferências. No caso de um lojista, por exemplo, a redução no número de
intermediários vai significar menor custo de aceitação em relação aos demais
instrumentos de pagamento.
O
BC diz que o estabelecimento comercial precisará ter somente um código único de
identificação para permitir que seus clientes façam a leitura desse código por
meio de seus smartphones.
Nesse
código estarão contidas todas as informações necessárias para que os recursos
sejam transferidos instantaneamente.
Segundo
o Banco Central, iniciar um pagamento instantâneo deverá ser tão simples quanto
selecionar uma pessoa na lista de contato do telefone celular.
Isso
porque não haverá a necessidade de inserir informações como número do banco, da
agência e da conta e o CPF (Cadastro de Pessoa Física) do recebedor.
Para
fazer o pagamento instantâneo, serão necessários um smartphone, uma conta em um
prestador de serviço de pagamento (PSP) da escolha do consumidor e o aplicativo
.
Sistema
No
último dia 28, o BC informou que decidiu desenvolver e gerar a base de dados
para “maximizar ganhos de escala e efeitos de rede típicos da indústria de
pagamentos ” e por levar em conta “sua criticidade para o bom funcionamento do
ecossistema de pagamentos”,
“A
base de dados de endereçamento permitirá a realização de pagamentos de maneira
intuitiva e simplificada, utilizando, de forma segura, informações de fácil
conhecimento, como número de telefone ou conta de e-mail”, acrescentou o Banco
Central.
Em
dezembro do ano passado, por meio do Comunicado 32.927, o BC já havia divulgado
os requisitos fundamentais do sistema de pagamentos instantâneos.
“A
divulgação do Comunicado foi o ponto de partida para o início do processo de
implantação do sistema de pagamentos instantâneos no Brasil. Os requisitos
estabelecem a política institucional para o desenvolvimento desse sistema, que
inclui a governança para a definição de regras, formas de participação e a
infraestrutura centralizada de liquidação”, acrescentou.
“O
Banco Central vem atuando na liderança desse processo, com o objetivo de criar,
de uma perspectiva neutra em relação a modelos de negócio ou participantes de
mercado específicos, as condições para o desenvolvimento de um sistema de
pagamentos instantâneos eficiente, competitivo, seguro, inclusivo e que acomode
todos os casos de usos”, disse a instituição.
Extraído: sosconsumidor.com.br/noticias - Fonte: Brasil
Econômico
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