Quatro pessoas foram presas em caso que envolve mais de 20 vítimas em São Paulo, arrecadando aproximadamente 100 mil reais
Enquanto os casos de golpes pelo PIX crescem no país, o Ministério Público de
São Paulo e a Polícia Militar prenderam, na semana passada, quatro suspeitos de
sequestrar e obrigar pessoas a fazerem transferências por PIX em Itaquaquecetuba (SP).
Segundo o Ministério
Público, em um intervalo de três meses, os investigados, que negociavam carros
e motos pelo site de vendas OLX, fizeram mais de 20 vítimas, levantando cerca
de R$ 100 mil reais.
Quando os compradores
chegavam ao local indicado no anúncio de internet, eram obrigados a transferir
altos valores para o grupo e tinham o celular roubado, ainda segundo o órgão.
O Ministério Público de
São Paulo diz que os acusados estão presos temporariamente e que aguarda o
depoimento de parte das vítimas. O órgão tem 24 dias para oferecer denúncia, e os
celulares apreendidos na operação foram encaminhados para perícia.
Procurada pelo Painel
S.A., a OLX afirma que não recebeu evidências de que os casos tenham ocorrido
por meio da plataforma e que está à disposição das autoridades para colaborar
na apuração dos fatos.
"Segurança é uma
prioridade para a OLX e a plataforma investe constantemente em tecnologia e
comunicação, com recomendações das melhores práticas de compra e venda
online", diz a empresa em nota.
Já a Febraban (Federação
Brasileira de Bancos) afirma que está atuando junto ao Banco Central para
discutir alterações das normas do PIX diante dos casos ocorridos.
"Os bancos mantêm
estreita parceria com governos, polícias e o Poder Judiciário no combate à
criminalidade, propondo novos padrões de proteção e apoiando na identificação
dos responsáveis pelos crimes através do uso de transações bancárias", diz
a entidade dos bancos em nota.
Mudança na forma de pagamento
Após as ocorrências desse
tipo de sequestro com pagamento no ato via PIX, o Banco Central deve anunciar
mudanças no PIX em breve. É a primeira vez que o BC admite mudanças. O BC
discute com os bancos os últimos ajustes e deve anunciar as alterações nos
próximos dias.
Os bancos alegam que o
PIX possui grande falhas de segurança. Por isso, as instituições pressionaram o
Banco Central pela mudança do formato.
Entre outras ações, o
valor máximo de operação, será determinado para reduzir escalada de violência e
de golpes que usam esse tipo de transferência bancária.
Extraído: sosconsumidor.com.br/noticias - Fonte: Folha Online e band.uol.com.br
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