Órgão avalia substituir a forma de pagamento por um novo modelo de parcelamento com taxas de juros mais baixas, de cerca de 9% ao mês
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, compareceu ao Senado Federal na quinta-feira, dia 10/08/2023, para apresentar o Relatório de Inflação e de Estabilidade Financeira do órgão.
Ele havia sido convocado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para prestar explicações sobre o processo inflacionário do país e o patamar da taxa de juros.
Durante a apresentação, Campos Neto compartilhou que o BC estuda alternativas para diminuir a inadimplência no pagamento do cartão de crédito rotativo.
Essa modalidade corresponde a 50% das transações realizadas em cartões de crédito no Brasil. Entre as possibilidades analisadas, está acabar com esse tipo de pagamento, uma vez que são cobradas altas taxas de juros para o saldo devedor.
A solução proposta pelo presidente do BC é substituir o rotativo por um novo modelo de parcelamento com taxas de juros mais baixas, de cerca de 9% ao mês.
“Uma solução e a solução está se encaminhando para que não tenha mais rotativo, que o crédito vá direto para o parcelamento. Que seja uma taxa ao redor de 9%. Você extingue o rotativo. Quem não paga o cartão, vai direto para o parcelamento ao redor de 9%”, esclareceu.
Campos Neto também afirmou que o BC avalia criar uma tarifa para desincentivar parcelamentos longos sem juros.
“Não é proibir o parcelamento sem juros. É simplesmente tentar que fique um pouco mais disciplinado. Não vai afetar o consumo. Lembrando que cartão de crédito é 40% do consumo no Brasil”, esclareceu.
Também está sendo estudada a limitação dos juros no cartão de crédito rotativo.
Uma das propostas é de que os bancos possam retirar cartões de crédito de circulação no caso de pessoas que apresentem grande risco e não pagar toda a fatura.
Uma proposta oficial sobre o tema deve ser apresentada nas próximas semanas.
Extraído: sosconsumidor.com.br - Fonte: Jovem Pan - Imagem: cdn.acritica.net/img
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