Por volta de 6,9% dos
internautas do país (7,1 milhões de
pessoas) não assinam um serviço de internet e usam banda larga
"emprestada" de algum vizinho, segundo um estudo divulgado pelo
Instituto Data Popular
A pesquisa sobre
compartilhamento de banda larga foi realizada on-line em junho e abrange 2.000
pessoas de cem cidades de todos os Estados. A referência do número de
internautas é de uma informação do Ibope publicada no primeiro trimestre deste
ano, que apontava para 102,3 milhões de pessoas.
De acordo com a
Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil) o Brasil tem cerca 21,4
milhões de pontos de acesso de banda larga fixa. Pertence à classe média a
maior parcela de pessoas que adotam tal prática, com cerca de 10%, ante 4% de
internautas tanto da classe alta quanto da classe baixa que usam uma conexão
compartilhada.
Segundo a
organização responsável pelo estudo, isso acontece porque os assinantes de
banda larga mais pobres não pagam por um plano rápido o suficiente para ser
usado por outras pessoas.
Já na classe média,
diz o Data Popular, a qualidade da conexão não cai se ela for compartilhada, já
que é mais rápida. Segundo Renato Meirelles, que dirige o instituto, isso
indica que membros da classe média têm "vínculos sociais mais
estreitos" com seus vizinhos. "Nesse caso, uma pessoa faz a
assinatura de internet de banda larga e rateia a conta entre dois ou três
vizinhos", disse Meirelles na nota que divulgou a pesquisa.
A organização também
segmentou os resultados por região: na Sudeste, com 8%, se concentra o maior
número de usuários de internet compartilhada, seguida por Norte (7%), Nordeste
(6%) e Centro-Oeste (5%) e Sul (5%).
Na última
sexta-feira (13), o Tribunal Regional Federal da 1ª região rejeitou um recurso
apresentado pelo Ministério Público que tipificava o compartilhamento de uma
conexão de internet como crime. O MP ainda pode apelar.
Extraído: S.O.S
Consumidor/Notícias - Fonte: Folha Online
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