Consumidores terão
agora um canal direto do governo na internet para se queixarem de um produto ou
serviço e tentar solucionar o problema junto ao fornecedor
Trata-se do portal www.consumidor.gov.br que foi lançado pelo Ministério da
Justiça. Por meio dele, os consumidores poderão entrar em contato com a empresa
responsável e registrar a reclamação.
Para isso, contudo,
é preciso que a companhia tenha firmado acordo com o governo, concordando em
participar do projeto. Os consumidores terão de fazer um cadastro no portal,
informando dados pessoais como endereço e número de CPF.
"Queremos que
seja um site efetivo, e não um muro de lamentações. Será um serviço público com
espaço para monitoramento das queixas pelo governo e pelas agências
reguladoras", afirma Juliana Pereira, secretária nacional do consumidor do
Ministério da Justiça.
O site já pode ser
acessado por meio do endereço www.consumidor.gov.br
mas, por enquanto apenas 11 Estados e o Distrito Federal poderão utilizá-lo. A
meta do governo é que até o dia 1º de setembro o uso esteja liberado para todo
o país.
Por enquanto, 118
empresas já aderiram (veja os setores em quadro ao lado). Elas se
comprometeram, assim, a "analisar e investir todos os esforços para
solucionar o problema", segundo Pereira.
O prazo estipulado
pelo governo para o atendimento das demandas é de dez dias.
O site funcionará
como uma espécie de Procon virtual, mas sem o poder de polícia da instituição.
Não há previsão de multas ou punições para as companhias que não resolvam a
queixa ou não atendam o consumidor dentro do prazo.
A ideia é que o
site facilite o contato entre consumidores e empresas e ajude a desafogar os
Procons.
"Há uma série
de questões do consumidor com as quais o Estado tem de se preocupar e não faz
porque está ocupado com a geladeira com defeito ou o atendimento que não
ocorreu. As empresas podem e devem solucionar isso. Por que precisa do Estado
no meio?", diz Pereira.
Parte das
informações registradas no site será pública, como o assunto da queixa e a
empresa que recebeu a reclamação. A identidade do usuário e seus dados pessoais
serão mantidos sob sigilo.
Para montar o
projeto, o Ministério da Justiça entrou em contato inicialmente com as empresas
que costumam receber o maior número de reclamações nos Procons, como operadoras
de telefonia, bancos e grandes varejistas. A adesão, contudo, foi grande e já
há companhias na lista de espera, diz Pereira.
Entre as empresas
que já firmaram acordo, estão as redes de varejo Casas Bahia e Magazine Luiza,
as operadoras de telefonia Oi, Tim, Claro e Vivo, as operadoras de plano de
saúde Amil e Bradesco Saúde e as fabricantes Consul e Samsung.
Extraído: S.O.S Consumidor/Notícias - Fonte: Folha Online - Por: Renata Agostini
Extraído: S.O.S Consumidor/Notícias - Fonte: Folha Online - Por: Renata Agostini
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