29 de maio de 2021

REAJUSTE DO ALUGUEL PODE CAIR DE 31,10% PARA 5,52%

Projeto de Lei que tramita no Senado poderá reduzir drasticamente o reajuste anual dos aluguéis, substituindo o índice de reajuste IGP-M pelo IPCA


Diante da crise econômica causada pela pandemia, o Senado poderá analisar um projeto de lei, o Projeto de Lei nº 1.806/2021, que determina que o aumento nos preços de aluguéis residenciais e comerciais seja feito pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). 

A proposta foi apresentada neste mês pelo senador Telmário Mota (Pros-RR).

Atualmente, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) é o indexador mais utilizado no mercado imobiliário. 

Mas Telmário Mota ressalta que o uso do IGP-M pode agravar a situação econômica de inquilinos de imóveis residenciais ou comerciais. 

No projeto, o senador aponta o desequilíbrio entre os índices do IGP-M, o mais usado, e o IPCA, indicador oficial do governo federal.

O projeto propõe a substituição do índice de inflação que é usado para calcular o reajuste nos contratos de locação residenciais e comerciais.

Hoje é usado o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), que teve alta de 31,10% no período de 12 meses de março de 2020 a março de 2021.

No lugar, seria usado o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), cujo aumento foi de 5,52% no mesmo período.

“A diferença entre tais índices é muito grande e, durante a pandemia, os mais pobres necessitam de maior proteção social por parte do Estado, uma vez que foram os mais atingidos economicamente pela pandemia, com o desemprego e a alta dos alimentos, razões pelas quais estamos adotando o índice oficial do governo para o reajuste dos aluguéis urbanos, o IPCA.”

O senador também afirma que é “praticamente inexistente” o regramento sobre o setor, pois a Lei 8.245, de 1991, deixa a critério das partes contratantes, nas locações urbanas, a livre convenção do aluguel quanto ao preço, à periodicidade e ao indexador de reajustamento, geralmente impostos pelo locador ao locatário.

Telmário destaca que o objetivo de seu projeto é "minimizar a ausência de regramento do reajuste das locações urbanas, para que a lacuna legal não apene os mais pobres”.

Continua que, o importante neste momento é evitar que o valor dos aluguéis suba muito em 2021, devido às dificuldades financeiras trazidas pela pandemia de Covid-19. “Não sabemos por quanto tempo mais a pandemia vai gerar efeitos econômicos negativos”, afirma.

Extraído: sosconsumidor.com.br/noticias - Fonte: ECO economia online

 

 

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