30 de novembro de 2019

MESMO DEPOIS DE PRESCRITA A DÍVIDA, 35% DOS CONSUMIDORES EFETUAM O PAGAMENTO - ENTENDA

Após 5 anos, a dívida não pode ser cobrada na Justiça e nome do consumidor é retirado da lista de inadimplentes; mesmo assim, muitos fazem o pagamento

Para o brasileiro, a frase “tudo que temos é o nosso nome ” ainda faz muito sentido na observação da head de cobranças da empresa de recuperação de crédito Recovery, Marcela Martins Gaiato.
Segundo dados da Recovery, de janeiro a outubro de 2019, entre os inadimplentes que viram a dívida prescrever depois de cinco anos , pelo menos um em cada três  (35%) fizeram um acordo com a empresa e pagaram o débito.
Para a executiva, a “honra” e o desejo "de não ficar devendo e dormir com a consciência tranquila ” moveu boa parte desses clientes. Ela se baseia na carteira administra pela Recovery, que hoje é responsável pela cobrança de 35% de todas as dívidas com atraso de mais de 90 dias no País.
“São pessoas que a dívida já ultrapassou cinco anos. Depois desse prazo, o nome não pode mais constar nas listas de proteção de crédito e nem cobrada na Justiça” , explica Marcela.
“Mesmo assim, mais de 30% delas negocia com a Recovery para não ficar devendo”, acrescenta. Ela salienta que a dívida não deixa de existir depois de cinco anos, mas o consumidor pode voltar a ter crédito, já que deixa de constar nas listas de “negativados”.
 Nos 12 meses de 2018, a porcentagem de consumidores com dívidas prescritas que fecharam um acordo com a empresa chegou a 38%.
“Até o fim de 2019 devemos repetir ou até melhorar o resultado do ano passado porque nos dois últimos meses temos um aumento no fechamento de negociações. Isso acontece por causa do décimo terceiro e outros valores recebidos no fim do ano”, explica Marcela.
Entre as pessoas inadimplentes há menos de cinco anos , 43% negociaram suas dívidas com a empresa em 2018. Nos dez primeiros meses de 2019, a porcentagem foi de 34%.
A Recovery administra uma montante de R$ 80 bilhões em dívidas de cerca de 25 milhões de consumidores no Brasil.
Feirão tem negociação recorde No último Feirão Limpa Nome do Serasa Experian o desejo de “limpar o nome” também foi comprovado. Realizado na primeira quinzena de novembro, em duas semanas foram realizados mais de 1 milhão de negociações.
O número representa a quebra de um recorde e crescimento de cerca de 259% nos acordos fechados em relação ao evento anterior realizado em março de 2019.  
Segundo a Serasa, as negociações geraram mais de R$ 2 bilhões em descontos para os consumidores. No  site da Serasa ou pelo seu aplicativo, o feirão continua até o primeiro dia de dezembro.
Extraído: sosconsumidor.com.br/noticias - Fonte: economia. ig


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